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Inflação volta a subir e registra 0,59% em outubro, diz IBGE

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro. A maior contribuição do mês, veio do segmento Alimentação

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a inflação oficial do Brasil voltou a subir 0,59% em outubro. A alta de outubro acontece após quedas de 0,29% em setembro, 0,36% em agosto e 0,68% em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 4,70% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%, abaixo dos 7,17% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.

A retração nos últimos três meses no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) havia sido puxada pela redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), em especial nos combustíveis. Desde setembro, no entanto, se percebia uma nova pressão causada pelo aumento de preço dos alimentos.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro. A maior contribuição do mês, veio de Alimentação e bebidas (0,72%), que havia recuado 0,51% em setembro.

Os destaques foram o aumento a nível nacional do preço da batata-inglesa (+23,36% em média) e tomate (+17,63% em média). Houve aumentos, ainda, na cebola (+9,31% em média) e nas frutas (+3,56% em média). No lado das quedas, destacam-se o leite longa vida (-6,32% em média), que já havia recuado 13,71% em setembro, e o óleo de soja (-2,85% em média), em sua quinta queda consecutiva.

Na sequência, vieram o segmento de Saúde e cuidados pessoais (1,16%), onde as maiores contribuições vieram de higiene pessoal (2,28%) e planos de saúde (1,43%), e Transportes (0,58%), causado pelo aumento expressivo nos preços das passagens aéreas (+27,38%).

Juntos, os três grupos – Alimentação, Saúde e Transportes – responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro. Já a maior alta do mês foi do grupo Vestuário (1,22%). O único grupo com queda em outubro foi Comunicação (-0,48%).