Ao menos 10 pessoas morrem em ataques russos contra a Ucrânia

O ataque, com ao menos 80 mísseis, ocorre dois dias depois da explosão na ponte da Crimeia, que deixou ao menos três mortos.

Foto: reprodução de TV / GloboNews

Ao menos 10 civis foram mortos e cerca de 60 feridos em uma série de explosões registradas na Ucrânia nesta segunda-feira (10). Entre os alvos está a capital, Kyiv, que não era alvo de ataques desde 26 de junho. O ataque, com ao menos 80 mísseis, ocorre dois dias depois da explosão na ponte da Crimeia, que deixou ao menos três mortos.

Os números foram divulgados pela porta-voz da Polícia Nacional, Maryana Reva. “Em geral, podemos falar no momento em 10 mortos e cerca de 60 feridos em toda a Ucrânia por causa dos ataques russos”, disse.

Pelo menos 10 explosões foram ouvidas na capital ucraniana desde o início da manhã desta segunda-feira, e vídeos publicados na internet mostram colunas de fumaça negra em diversas zonas da cidade. Em Kharkiv, a queda de três misseis causaram danos em infraestruturas de fornecimento elétrico. O fornecimento de eletricidade e água em algumas áreas da cidade está interrompido.

Os mísseis desta segunda-feira atingiram “infraestruturas críticas”, de acordo com o prefeito Vitaly Klitschko, e ainda provocaram danos em prédios residenciais e até em um parquinho. Segundo o jornal alemão Bild, o consulado da Alemanha na cidade também teria sido afetado.

“Estão tentando nos destruir e nos varrer da face da terra”, afirmou o presidente Volodymyr Zelensky, acrescentando que os ataques foram realizados com mísseis de fabricação iraniana. Ao todo, as forças russas lançaram 83 foguetes e usaram 17 drones do Irã para atacar a Ucrânia na manhã desta segunda, de acordo com o Ministério da Defesa de Kiev.

Após os bombardeios, Zelensky conversou por telefone com seu homólogo Emmanuel Macron, da França, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que convocou para esta terça (11) uma reunião virtual de emergência dos líderes do G7, com a presença do presidente ucraniano.

Putin, por sua vez, afirmou que os bombardeios miraram “infraestruturas energéticas” da Ucrânia e alertou que a Rússia dará respostas “duras” caso seja atacada por Kiev. No fim da semana passada, bombas danificaram a ponte que liga o território russo à Crimeia anexada.