A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou, em nota divulgada à imprensa, que encaminhou para análise duas amostras de casos suspeitos da variante Ômicron do coronavírus. As duas testagens foram realizadas pelo laboratório Albert Einstein, em São Paulo.
As amostras são de um passageiro vindo da África do Sul e que desembarcou em Guarulhos no dia 23/11. Ele portava resultado de RT-PCR negativo, e se preparava para a viagem de regresso à África do Sul. O homem procurou o laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos, no dia 25, para, na companhia de sua esposa, realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno. Ambos testaram positivo para a Covid-19 e o fato foi comunicado ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de São Paulo.
Trata-se de um casal de missionários brasileiros que retornou da África do Sul em 25 de novembro. Ambos – um homem de 41 anos e uma mulher de 37 – já tinham sido vacinados no país africano com a fórmula da Janssen, de dose única, e apresentam apenas sintomas leves.
Em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do vírus Sars-Cov-2 e os exames dos dois pacientes seguem agora para uma contraprova. De acordo com os protocolos nacionais, o material deve ser enviado ao Instituto Adolfo Lutz para fins de confirmação do sequenciamento genético.
A Anvisa também já informou o Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre sobre a identificação preliminar para adoção das medidas de saúde pública pertinentes.
Um terceiro caso, de um brasileiro que retornou da África do Sul e positivou para Covid no sábado, ainda não tem resultado conclusivo. A amostra ainda está sob análise do Instituto Adolfo Lutz. O homem já estaria vacinado com duas doses e entrou em isolamento após testar positivo para a doença. O passageiro desembarcou em Guarulhos (SP), no dia 27 de novembro, com teste negativo para Covid-19 e estava assintomático. No entanto, ao ser submetido a um novo exame pelo laboratório do aeroporto, testou positivo para o contágio pelo vírus.
Restrição de voos para a África
Conforme recomendação da Anvisa, a Portaria Interministerial nº 660, de 27 de novembro de 2021, proibiu voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.
De acordo com a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.
A Anvisa, desde a última sexta-feira (26), ao identificar o risco de transmissão da nova variante Ômicron, já vem atuando para captação de eventuais riscos de sua disseminação no Brasil.
