Rio Grande do Sul pretende dar largada para vacinação contra Covid-19 nesta segunda-feira

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul recebeu, na manhã desta segunda-feira (18), as primeiras doses da vacina contra a Covid-19. Todas as porções são da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica Sinovac. A cerimônia de entrega, com a presença do ministro da Saúde Eduardo Pazuello ocorreu por volta das 7h30 da manhã.

O ministro antecipou o início da vacinação no País. Antes prevista para começar as 10 de quarta-feira (20), a campanha pode começar “hoje, no fim da tarde”, conforme Pazuello. A previsão de Pazuello é que os estados recebam, ainda hoje, as doses da vacina que foram atribuídas a eles, de forma proporcional, pelo Ministério da Saúde. A primeira imunização no Rio Grande do Sul deve ocorrer as 21h30, após o atraso na entrega das doses.

Foram entregues para o RS 341.800 doses, conforme o Ministério da Saúde. Destas, 311.680 serão destinadas a grupos prioritários. Outras 30.120 doses serão usadas para vacinar a população indígena no Estado. O Ministério da Saúde já calculou a primeira e a segunda dose, além de eventuais perdas de vacinas.

Conforme o Plano de Imunização, os primeiros a serem imunizados serão agentes da linha de frente de combate ao vírus. Serão imunizados 138.523 profissionais da saúde, como pessoas que trabalham em UTI (Unidades de Tratamento Intensivo), centros de triagem e Samu.

Além destes, estão contemplados 9.510 idosos idosos e 380 pessoas portadoras de deficiência em lares de longa permanência. Para a população indígena que vive em terras demarcadas, serão 14.348 doses.

Eficácia

A Coronavac apresentou eficácia de 50,39% nos ensaios clínicos de fase 3 conduzidos no Brasil, o que significa que a vacina reduz pela metade o risco de se contrair o novo coronavírus. A vacina impede o desenvolvimento de sintomas moderados e graves em 100% dos pacientes.

Já o imunizante de Oxford/AstraZeneca apresentou eficácia média de 70,42%, segundo estudo preliminar publicado na revista científica The Lancet no início de dezembro e validado pela Anvisa neste domingo. No entanto, os dados se tornaram alvos de questionamento porque o regime de maior eficácia (90%), feito com meia dose seguida de uma dose completa no intervalo de pelo menos um mês, é fruto de um erro na dosagem e não foi aplicado em pessoas com mais de 56 anos. O regime de duas doses completas apresentou eficácia de 62%.