MOBILIDADE

Nômades digitais movimentam o mercado de moradias flexíveis

Nômade digital é definido como um estilo de vida que possibilita o trabalho remoto de qualquer lugar do mundo.

Foto: Peter Olexa/Pexels

Segundo o Relatório Global de Tendências Migratórias, realizado pela Fragomen em 2022, hoje são mais de 35 milhões de nômades digitais pelo mundo.

Definido como um estilo de vida que possibilita o trabalho remoto de qualquer lugar do mundo, ser nômade digital é sinônimo da busca constante por mobilidade, rentabilidade financeira e ambientes flexíveis, que possam oferecer tudo o que esses profissionais precisam para o desenvolvimento de seus trabalhos.

Recentemente o Brasil entrou na lista dos 23 países que adotaram vistos específicos para nômades digitais e, para o CEO da Yoga, Avelino Neto, esse é um grande impulsionador para o mercado das moradias flexíveis.

“O movimento de crescimento das moradias flexíveis tem uma relação direta com o novo jeito de morar e trabalhar, algo também impulsionado com o nomadismo digital. É uma mudança na cultura de toda uma sociedade que hoje começa a perceber que pode estar em qualquer lugar a qualquer momento, trabalhando, vivendo e morando onde quiser”, afirma Neto.

O levantamento do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), realizado em agosto de 2021 apontou que 70% dos entrevistados não têm apego a uma moradia fixa e 82% dos jovens brasileiros querem experimentar uma moradia flexível.

Esses são números que reforçam a cultura da mobilidade como algo em crescimento constante.

“A mentalidade das pessoas mudou com o home office e o anywhere office, hoje muita gente percebe que não precisa estar de férias para estar nos lugares que gostaria de conhecer. Porém, isso não quer dizer que não precisem de estrutura, bem pelo contrário, os nômades digitais precisam contar com opções de moradias ágeis e sem burocracia, internet de qualidade e equipamentos eletrônicos como notebook e celular, para assim desenvolver os seus trabalhos em qualquer lugar do mundo.”, explica Neto.

Moradia

Ele conta que com essa mudança de estilo de vida, a moradia é vista cada vez mais como um serviço e menos como um bem, já que o uso e a mobilidade são as questões centrais para os nômades digitais.

“Geralmente são pessoas conectadas e com um grau de exigência alto quando o assunto é bom atendimento e agilidade. Por isso é fundamental oferecer soluções digitais que facilitem o processo de locação, seja na entrada ou na saída do ímovel. A experiência do cliente também deve ser ponto focal e como são pessoas em constante trânsito, devem ter acesso a serviços que facilitam o dia a dia como lavanderia sob demanda, alimentação saudável, opções de lazer e transporte, academia, entre outros”, pontua.