Cinco pessoas são presas no RS em operação da PF contra pornografia infantil

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (25) a segunda fase da Operação Glasnost, que combate a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet.

Cerca de 350 policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão, mandados de prisão preventiva e mandados de condução coercitiva, em 51 municípios nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

No Rio Grande do Sul, a operação ocorreu em Porto Alegre, Alvorada, Sapiranga e Viamão. Cinco pessoas foram presas e encaminhadas à Superintendência da Polícia Federal na Capital. Um servidor público federal foi preso por possuir três revólveres e uma pistola sem registro válido, porém não foram encontrados com ele materiais pornográficos envolvendo crianças ou adolescentes, mas computadores e materiais apreendidos no apartamento dele serão analisados. Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Estado.

A ação é uma sequência da operação Glasnost, deflagrada em novembro de 2013, ocasião em que foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Foram, ainda, identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas, com idades entre 5 e 9 anos.

A investigação teve como base o monitoramento de um site russo, utilizado como uma espécie de ponto de encontro de pedófilos do mundo todo, e resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.

Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

Anteriormente à deflagração da segunda fase da operação, foram cumpridas medidas urgentes em Porto Alegre e mais sete cidades, para identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças. Em todos os casos, foram presos os abusadores e identificadas as vítimas dos abusos.

O nome da operação – Glasnost – é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.