Rio dos Índios

Lula assina hoje demarcação de terra indígena no RS

Os processos de demarcação de áreas indígenas, último ato antes do registro formal, estavam parados desde 2018.

Presidente Lula na cerimônia de posse da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, em janeiro de 2023. Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina, nesta sexta-feira (28), decretos de homologação de seis terras indígenas, durante o encerramento do Acampamento Terra Livre 2023, em Brasília. Uma das áreas fica no Rio Grande do Sul, no município de Vicente Dutra, na região Noroeste.

A informação das homologações havia sido antecipada nessa semana pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. A homologação, feita por decreto assinado pelo presidente da República, é o último ato antes do registro formal da terra indígena.

A Terra Indígena Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul, tem população de 143 pessoas e portaria declaratória de 2004. A área demarcada possui 711,7 hectares e é a menor entre todos os territórios demarcados.

As outras cinco áreas a serem demarcadas são as terras indígenas Arara do Rio Amônia, no Acre, com população de 434 pessoas e portaria declaratória do ano de 2009; Kariri-Xocó, em Alagoas, com população de 2,3 mil pessoas e portaria declaratória do ano de 2006; Tremembé da Barra do Mundaú, no Ceará, com população de 580 pessoas e portaria declaratória do ano de 2015; Uneiuxi, no Amazonas, com população de 249 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006 e Avá-Canoeiro, em Goiás, com população de nove pessoas e portaria declaratória do ano de 1996.

Os processos estavam parados desde 2018, no governo de Michel Temer. O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não faria nenhuma demarcação durante seu governo.

Nesta sexta-feira, Lula também assina decretos que recria o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e que institui o Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). O objetivo dessa política é promover e garantir a proteção, recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios indígenas. De acordo com a Presidência, a iniciativa assegura a melhoria da qualidade de vida dos indígenas com condições plenas para a reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações, além de garantir a integridade do patrimônio material e imaterial desses povos.