SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ

Homem acusado de estuprar e matar enteada de 13 anos é julgado no Vale do Caí

O caso ocorreu em abril de 2021

 

Vítima, Jordana Tamires, à época com 13 anos – Foto: Arquivo pessoal / Divulgação

O padrasto acusado de estuprar e matar a enteada de 13 anos de idade, em Bom Princípio, no Vale do Caí, começa a ser julgado nesta quinta-feira (6). O júri, que não terá transmissão ao vivo, é presidido pela Juíza Priscila Anadon Carvalho, no fórum de São Sebastião do Caí, na mesma região.

O réu Elias dos Santos Silvestre, à época com 39 anos, responde pelos crimes de estupro de vulnerável (217-A, Caput, Código Penal) e homicídio quintuplamente qualificado (motivo torpe; emprego de asfixia; mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; para assegurar a execução, a ocultação e a impunidade de outro crime; e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino). Na época, Silvestre confessou os crimes à Polícia.

O caso ocorreu em abril de 2021. Conforme denúncia do MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) os crimes foram cometidos na localidade de Arroio Forromeco, em Bom Princípio. Diz o MP que o estupro e o feminicídio por estrangulamento teriam acontecido em um matagal, após o acusado ter levado a vítima até lá de carro. Na sequência, ainda conforme o MP-RS, Elias abandonou o corpo da vítima nas proximidades de um córrego.

Local onde foi encontrado o corpo da vítima – Foto: Polícia Civil/Divulgação

“Os crimes causaram grande comoção social, pois, além da extrema violência empregada, foram cometidos pelo padrasto contra a enteada, de apenas 13 anos, em pleno domingo de Páscoa”, afirmou a promotora de Justiça Lara Guimarães Trein, que atuará em plenário.

Silvestre tem em seu histórico uma condenação pelo estupro de uma menina de 15 anos. Ele também figura como réu em outra ação penal pela prática de crime sexual praticado contra uma adolescente de 14 anos.

Atuam na defesa do réu os advogados Manoel Castanheira, Marco Mejia e Cristian Eduardo da Costa.