Em São Leopoldo

PF cumpre mandado no RS em investigação de fraude no Auxílio Emergencial

As investigações sobre fraudes cometidas para o recebimento do Auxílio Emergencial, criado em 2020, seguem sendo realizadas pela PF (Polícia Federal). Nesta quarta-feira (8), foi deflagrada a Operação Apateones, visando à desarticulação de organização criminosa espalhada pelo país.

Foram cumpridos 47 mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, em São Paulo. Ao todo, 37 pessoas são investigadas na operação.

Um mandado foi cumprido em São Leopoldo, no Vale do Sinos, onde foram apreendidos dispositivos eletônicos. Além deste endereço no RS, as ordens judiciais são executadas em outros 11 estados da Federação: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.

Conforme a PF, a fraude foi descoberta a partir da análise dos dados de 91 benefícios do Auxílio Emergencial concedido. O dinheiro, uma quantia de R$ 54,6 mil, foi desviado para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba (SP).

Após este rastreamento, a polícia conseguiu identificar parte dos envolvidos, que estavam situados nos estados de Goiás e Rondônia. Em uma segunda fase, os policiais conseguiram identificar que os investigados receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

Após análises dos extratos das contas bancárias e da quebra de sigilos, os agentes da Polícia Federal chegaram à conclusão que a fraude era muito maior. Os criminosos teriam cometido a fraude de mais de 10 mil cadastros do Auxílio Emergencial, movimentando mais de R$ 50 milhões.

Além das medidas de busca foram autorizados pela 9ª Vara Federal de Campinas, o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados. Os 37 envolvidos na presente operação estão sendo investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.