Serra gaúcha

Caxias do Sul confirma caso de raiva em morcego

Outros 31 casos suspeitos foram analisados, mas tiveram resultado negativo para a doença.

A Prefeitura de Caxias do Sul confirmou, nesta quarta-feira (8), um caso de raiva em um morcego. Outros 31 casos suspeitos foram analisados, mas tiveram resultado negativo para a doença.

Conforme o Executivo caxiense, o morcego contaminado foi localizado em uma sala comercial. O animal coletado pela equipe da Vigilância Ambiental em Saúde.

Segundo o órgão, não houve contato do mamífero com humanos nem com animais domésticos. A amostra foi analisada pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul, laboratório estadual referência em raiva.

A SMS alerta para que a população evite contato direto com morcegos, que podem ser transmissores caso estejam infectados. Os moradores devem ficar atentos para morcegos que estejam fora de seu hábitat natural ou em situação anormal, como caídos em ruas ou pátios, dentro de residências ou que tiveram contato com pessoas ou cães e gatos.

Nesses casos, a orientação é não tocar no animal e contatar a Vigilância, que é responsável por realizar a coleta e encaminhá-la para análise. Pessoas que tiverem qualquer contato com morcegos devem procurar uma UBS (Unidade Básica de Saúde) para tratamento preventivo contra a doença. O risco de transmissão da raiva pelo morcego e por outros animais silvestres é sempre elevado, por isso, qualquer contato com morcegos ou mordeduras de outros animais deve ser notificado a uma UBS imediatamente.

O Rio Grande do Sul não registra casos de raiva humana desde a década de 1980.

Em 2022, o Estado registrou 109 casos de raiva herbívora em 37 municípios gaúchos. A principal forma de transmissão da raiva para herbívoros se dá pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus. Alguns de seus esconderijos habituais são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.

Fique atento

Situações anormais que devem ser comunicadas para que a Vigilância Ambiental em Saúde faça a coleta do morcego para análise:

  • morcegos realizando voos diurnos (o animal saudável tem hábitos noturnos)
  • morcegos caídos no chão, em sacadas, pátios ou dentro das residências (quartos, banheiros…)
  • morcegos que tiveram contato com cães ou gatos (caçados por esses animais) ou com humanos
  • mantenha cães e gatos vacinados com a antirrábica

Como proceder:

  • não toque no morcego
  • coloque um balde, toalha ou caixa sobre ele, para que o animal não escape até a chegada da equipe da Vigilância
  • contate a Vigilância Ambiental em Saúde