Investigação

Dois PMs, que colocaram sacola na cabeça de mulher abordada em Novo Hamburgo, são presos

Conforme a Corregedoria da Brigada Militar, a atitude dos servidores é "incompatível com a atividade policial militar".

Foto: reprodução de vídeo / Divulgação

A Brigada Militar prendeu, de forma preventiva, dois policiais militares envolvidos em uma abordagem policial realizada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Eles foram flagrados em um vídeo, na noite de domingo (1º), colocando uma sacola plástica envolta da cabeça de uma mulher já rendida. O caso se tornou público na terça-feira (3).

Conforme a Corregedoria da Brigada Militar, a atitude dos servidores é “incompatível com a atividade policial militar”. Os dois policiais que aparecem no vídeo já haviam sido afastado das funções após a BM tomar conhecimento da abordagem, na segunda-feira (2).

A Corregedoria afirma que “a prisão foi realizada em decorrência das investigações do Inquérito Policial Militar, conduzido pela Corregedoria-Geral”. Está sendo apurado, em tese, a prática dos crimes de abuso de autoridade e de tortura. A mulher que teve a sacola plástica verde colocada sobre a cabeça estava, durante todo o vídeo, com as mãos para trás.

Ontem (3), a Corregedoria ouviu a mulher alvo da abordagem. Ela teria sido ameaçada pelos dois policiais, em um bar, onde estava com o marido. Ele foi colocado de joelhos durante a ação.

O IPM (Inquérito Policial Militar) deve ser concluído até o fim de semana. A participação de outros PMs também é investigada. Se for comprovada a prática dos crimes, os dois policiais podem ser excluídos dos quadros da BM.

Nota da Brigada Militar

A Corregedoria-Geral da Brigada Militar informa que foram presos, preventivamente, na manhã de quarta-feira, 4 de janeiro, os dois policiais militares que aparecem em um vídeo de uma abordagem policial, atuando de maneira incompatível com a atividade policial militar, na cidade de Novo Hamburgo.

A prisão foi realizada em decorrência das investigações do Inquérito Policial Militar, conduzido pela Corregedoria-Geral, identificando-se, preliminarmente, a prática, em tese, dos crimes de abuso de autoridade e tortura.

O policiais militares já haviam sido afastados das funções desde o dia 2 de janeiro, quando a Brigada Militar tomou conhecimento dos fatos e da identidade dos envolvidos.