Investigação

PGR pede ao STF para investigar Bolsonaro após atos golpistas

Ex-presidente da República é acusado de incentivar ataques contra prédios públicos no domingo passado.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para incluir o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) no inquérito policial que investiga os atos golpistas que resultaram na depredação do Palácio do Planalto, do Palácio do Congresso e a sede do STF no último domingo (8).

A ação é assinada por membros do MPF (Ministério Público Federal). Os procuradores apontam que Bolsonaro teria feito incitação pública à prática de crime ao postar vídeo, no dia 10 de janeiro, questionando a regularidade das eleições presidenciais de 2022. Cerca de três horas após, a postagem foi apagada.

Essa representação é sobre fatos que já são alvo de apuração no âmbito do Inquérito 4.921, que tramita no STF. A investigação apura quem incitou e quem são os autores intelectuais dos atos antidemocráticos, que resultaram nos atos de vandalismo e violência em Brasília no último domingo (8).

Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, as condutas do ex-presidente devem ser investigadas. “Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado”, afirma.

O procurador também solicitou que seja expedida ordem imediata ao provedor de aplicação Meta. O objetivo é a  preservação do vídeo postado e apagado no perfil do ex-presidente na rede social “Facebook”.

Inquéritos investigam atos golpistas

Sete inquéritos investigam os atos golpistas em apurações divididas em núcleos. Os procuradores buscam identificar executores, financiadores, autores intelectuais e instigadores, além de autoridades públicas. O objetivo final “é assegurar a condenação dos autores dos atos criminosos, respeitando o devido processo legal”, segundo o MPF.