PETROBRAS

Indicado de Lula à presidência da Petrobras é avaliado por Conselho

A análise do Conselho de administração é a última etapa da nomeação do novo presidente

O Conselho de Administração da Petrobras aprecia, nesta quinta-feira (26), o nome do Senador Jean Paul Prates (PT-RN) para a presidência da Estatal. Prates é a indicação do presidente Lula para o cargo. Na última terça-feira (24), o Comitê de Elegibilidade, responsável por analisar as indicações para a cúpula da Petrobras, já havia dado o aval para a apreciação.

A análise do Conselho de administração é a última etapa da nomeação do novo presidente. O processo interno foi encurtado com o objetivo de promover a posse de Prates antes mesmo de ser convocada uma assembleia geral dos acionistas. Isso foi possível porque o até então presidente, Caio Paes de Andrade, havia renunciado ao cargo para assumir a Secretaria de Gestão do governo do Estado de São Paulo.

Um efeito desta decisão é que o nome de Prates será avaliado pelos conselho atual, cuja maioria ainda é formada por indicados do governo Bolsonaro. São cinco os conselheiros do antigo governo. Outros quatro foram nomeados por acionistas minoritários e um representa os funcionários. Mesmo assim, a expectativa é de que o nome do indicado de Lula seja aprovado.

O processo interno de avaliação durou 15 dias. A previsão é que a definição dos nomes do novo Conselho de Administração ocorra até abril. Também em abril, a assembleia geral define os nomes dos novo governo e da nova diretoria. A nomeação para o conselho vale até essa deliberação.

PPI

A alteração do quadro do conselho é fundamental para que o governo federal cumpra um de seus objetivos: mudar a PPI (Política de Paridade de Preços de Importação), política que baseia o preço dos combustíveis a partir dos custos de importação e também de acordo com os valores do barril de petróleo praticados no mercado internacional. Tal medida, acabou por elevar consideravelmente os preços dos combustíveis nos postos brasileiros.

A ideia, no entanto, é não afugentar investidores. Uma opção seria a criação de um fundo estabilização que garantisse o equilíbrio dos preços em momentos de oscilação no mercado. Prates já destacou publicamente que este é um assunto não apenas da estatal, mas do governo como um todo.