SAÚDE

Açúcar: O vilão das dietas

Conforme a OMS, a média certa de consumo de açúcar é de seis colheres de chá, ou 25 gramas por dia.

Foto: Divulgação

Os mais variados tipos de açúcares, por muitas vezes, são considerados vilões quando os aspectos de saúde e cada vez mais pesquisas apontam a relação do seu consumo frequente e em excesso como a principal causa de doenças como obesidade, diabete, doenças cardiovasculares e até câncer.

Naquele cafezinho diário muitas pessoas ainda usam o açúcar branco, ou talvez tenham até o substituido por outro tipo de açúcar, mas não sabem muito bem quais são as diferenças entre eles.

“Existem outras escolhas melhores se soubermos o que estamos ingerindo. Temos que lembrar que o açúcar e as substâncias adoçantes podem ser tão viciantes quanto drogas”, aponta a nutricionista Luana Rocha.

“Vale ainda destacar que o açúcar pode estar escondido em vários alimentos que você nem imagina, como molhos prontos para salada, biscoitos salgados, pães, massas, salgadinhos, bebidas energéticas, entre outros”, ressaltou.

“Isso sem contar aqueles alimentos industrializados em que o açúcar aparece com nomes diferentes, como maltodextrina, cana-de-açúcar evaporada, açúcar invertido e xarope de milho, só para citar alguns. É necessário sempre olhar a composição do alimento que está sendo ingerido e o quantitativo de açúcares”, completou Luana.

Quantidade

Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), a média certa de consumo de açúcar é de seis colheres de chá, ou 25 gramas por dia. Hoje, no mundo, crianças tem consumido muito mais que o dobro desta quantidade, um crime para saúde pública.

“Tomamos o exemplo dos refrigerantes, o preferido pelas crianças e por milhares de adultos. Em uma lata, a pessoa está ingerindo 10 colheres de chá de açúcar, sem nenhum valor nutricional. Em 20 minutos esse quantitativo cai na corrente sanguínea, que força a liberação de insulina pelo pâncreas. O fígado, órgão responsável por metabolizar os nutrientes e toxinas, fica sobre carregado e o órgão começa a armazenar esse açúcar em forma de gordura. Esse é apenas uma parte ruim que esse nutriente, ingerido em excesso, faz ao nosso corpo”, explicou Luana.

Tipos de açúcares

No mercado existem vários tipos de açúcares. Vale a pena conhecer alguns deles e suas composições para entender o que está sendo ingerido:

Refinado – É o famoso açúcar branco com grãos finos e irregulares, o mais conhecido e disponível. Passa pelo processo de refinamento com aditivos químicos para ficar branquinho, no entanto, retém todos as vitaminas e sais minerais, desta forma, considera-se uma “caloria vazia”.

Cristal – É um açúcar com cristais grandes, transparentes ou levemente amarelados. Passa apenas por um processo de refinamento, no entanto, não apresenta vantagens em relação à vitaminas e sais minerais. Ideal para preparo de doces.

Coco – É um açúcar leve, nutritivo e com menor teor calórico. Não passa pelo processo de refinamento, desta forma. E rico em vitaminas e minerais e ideal para diabéticos, devido ao seu baixo índice glicêmico.

Mascavo – É um açúcar terroso, escuro e úmido, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Não passa pelo processo de refinamento, sendo assim, conserva o cálcio, o ferro e os sais minerais. Todavia, apresenta o gosto forte, bem parecido com a sua matéria-prima e desagrada alguns paladares.

Demerara – Apresenta coloração mais clara que o mascavo. Passa pelo processo de purificação e refinamento, porém, não leva aditivos químicos, portanto, mantém os teores minerais da cana-de-açúcar.

“Vale muito a pena trocar alguns açúcares por adoçantes naturais como a estévia, frutas secas, mel, purê de maçã, óleo de coco, agave, chocolate amargo, canela, pasta de amendoim, entre outros. Pensar na saúde e no que está sendo consumido é importante para se manter em forma e saudável”, finalizou a nutricionista.