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Meta, dona do Instagram e WhatsApp, demite 11 mil funcionários

O corte em massa foi a primeira em 18 anos de existência do grupo e é uma das maiores do setor de tecnologia deste ano.

A multinacional de tecnologia Meta, proprietária do Facebook, do Instagram e do WhatsApp anunciou nesta quarta-feira (9) a demissão de mais de 11 mil funcionários. A demissão em massa foi a primeira em 18 anos de existência do grupo e é uma das maiores de tecnologia deste ano.

Por meio de um comunicado, o fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, afirma que essa é uma das “mudanças mais difíceis na história” da companhia, que apresenta dois trimestres seguidos de queda no faturamento.

“Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e liberar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornar uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos discricionários e estendendo o congelamento das contratações até o primeiro trimestre”, diz.

No comunicado, Zuckerberg assume sua responsabilidade pelas demissões e pelos acontecimentos que levaram a Meta a esse ponto. “Sei que é difícil para todo mundo e lamento especialmente por aqueles afetados”, acrescenta.

O CEO afirma que esperava que a tendência de crescimento do comércio eletrônico continuasse após as restrições contra a pandemia, o que não aconteceu, e que o cenário macroeconômico, o aumento da concorrência e a redução dos anúncios levaram a receitas abaixo do esperado.

Segundo ele, os recursos da Meta vão se concentrar em um número menor de áreas “de alta prioridade”, como inteligência artificial, plataforma de negócios e anúncios e a “visão de longo prazo para o metaverso”, grande aposta de Zuckerberg e que, até agora, não trouxe resultados.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Nos Estados Unidos, os funcionários demitidos serão indenizados com 16 semanas de salário, mais duas semanas adicionais por cada ano de serviço, e terão plano de saúde familiar pelos próximos seis meses. “Fora dos EUA, o apoio será semelhante, e os procedimentos levarão em conta as leis trabalhistas locais”, diz.

Zuckerberg ainda afirma que a Meta está “profundamente subestimada atualmente” e que seu negócio é “um dos mais lucrativos já criados, com um potencial gigante no futuro”.