Preço da cesta básica de Porto Alegre cai em setembro, mas é o terceiro mais alto entre as capitais

Cesta básica de Porto Alegre só é mais barata que a de São Paulo (R$ 750,74), e que a de Florianópolis (R$ 746,55)

O valor da cesta básica no Brasil diminuiu em setembro em 12 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Porto Alegre ficou em terceiro lugar. Na Capital gaúcha, o valor do conjunto dos alimentos básicos ficou em R$ 743,94, uma queda de -0,55% em relação a agosto. Assim, a cesta básica de Porto Alegre só é mais barata que a de São Paulo (R$ 750,74), e que a de Florianópolis (R$ 746,55).

Já na comparação dos valores da cesta, entre setembro de 2022 e setembro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 8,41%, em Vitória, e 18,51%, em Recife. Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades pesquisadas pelo DIEESE, com destaque para as variações de Belém (11,78%), Campo Grande (10,87%), Brasília (10,56%), Goiânia (10,29%) e João Pessoa (10,08%).

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em setembro de 2022, 58,10% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, pouco menos do que em agosto, quando precisou usar 58,54%. Em setembro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 56,53%.

Salário necessário

Além do valor da cesta básica, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em setembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.306,97, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.

Em agosto, o valor necessário era de R$ 6.298,91 e também correspondeu a 5,20 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.657,66 ou 5,14 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.

Tempo de trabalho

Ainda em relação a setembro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 118 horas e 14 minutos, menor do que o registrado em agosto, de 119 horas e 08 minutos. Porém, em relação a setembro de 2021, a jornada necessária era de 115 horas e 02 minutos.