Operação transfere 13 integrantes de facções para presídios federais

Todos os presos transferidos são considerados em "posição de liderança". Eles integram quatro grupos que atuam no Rio Grande do Sul.

Operação Império da Lei 4. Crédito: Rodrigo Ziebell / Palácio Piratini

Treze integrantes de facções criminosas foram transferidos, na manhã desta quinta-feira (15), para presídios federais na “Operação Império da Lei 4″. Todos os presos são considerados em “posição de liderança” e integram quatro grupos que atuam no Estado. A ação foi deflagrada pela SJSPS (Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo) e pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).

A ação contou com cerca de 300 agentes e o emprego de 30 viaturas e uma aeronave, a operação também contou com a atuação de 12 instituições estaduais e federais. A ação é uma resposta ao crime organizado no Estado.

A ação começou na madrugada de quinta-feira (15/9), por volta das 4h. Os detentos que seriam retirados do sistema prisional passaram por revista e realizaram teste de Covid-19. A Império da Lei 4 é a primeira operação que os agentes penitenciários utilizaram câmeras corporais, entregues pelo governo do Estado à Susepe no final de agosto. Os equipamentos possibilitam o armazenamento de imagens e dados em servidores remotos, com transmissão de vídeo ao vivo para uma central de monitoramento e localização via GPS.

Após todos negativarem, foram levados para viaturas. Por volta das 6h, começou o deslocamento para até o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Em um comboio único, os 30 veículos percorreram o trajeto de 55 quilômetros até o Batalhão de Aviação da BM.

Os presos foram submetidos a exames de corpo de delito pelo IGP para serem entregues aos agentes do Depen e embarcarem no avião da PF. Eles serão encaminhados a penitenciárias federais, que não são informadas por questão de segurança.

A ação dá continuidade às três etapas anteriores da Operação Império da Lei que, em julho de 2021, março de 2020 e novembro de 2020, que haviam enviado 34 líderes de grupos criminosos para estabelecimentos do Sistema Penitenciário Federal.

Pelo RS, além da SJSPS e da SSP, atuaram Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), BM (Brigada Militar), PC (Polícia Civil), IGP (Instituto-Geral de Perícias), CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar ), Ministério Público e Poder Judiciário. Pela União, além do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), somaram-se esforços da PF (Polícia Federal) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). A empresa Fraport também colaborou com a logística de deslocamento da aeronave.