Polícia Federal faz operação contra fraudes e desvios de verba na Codevasf

Maços de dinheiro e produtos de luxo, como bolsas e relógios, foram apreendidos na Operação Odoacro, deflagrada nesta quarta-feira. 

Maços de dinheiro apreendidos na operação Odoacro. Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal deflagrou uma operação contra fraudes em licitações, desvios de verbas federais e lavagem de dinheiro envolvendo a estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Todos os mandados da Operação Odoacro são cumpridos em municípios do Maranhão. Maços de dinheiro e produtos de luxo, como bolsas e relógios, foram apreendidos na operação.

Ao todo, 80 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pelo 1ª Vara Federal de São Luís/MA. Os mandados decorrem de uma representação elaborada pela Polícia Federal.

Um dos alvos da operação é a empresa Construservice, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A PF descobriu a criação de novas empresas, que eram apenas de fachada, para concorrer nas licitações da estatal. O objetivo era forçar que a vencedora das licitações fosse a empreiteira investigada.

Eduardo José Barros Costa, também conhecido como “Eduardo Imperador” ou “Eduardo DP”, é apontado como o líder desse grupo criminoso e sócio oculto da Construservice. Ele foi preso na operação desta quarta-feira (20).

A Polícia Federal diz que, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, o preso na investigação possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle.

Desde 2019, o governo já reservou a ela ao menos R$ 140 milhões. Ao menos R$ 10 milhões previstos no contrato foram pagos até agora.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.