Secretaria da Agricultura define estratégias para prevenir raiva herbívora no RS

A Seapdr ressalta que os casos de raiva herbívora devem ser notificados imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial em qualquer caso suspeito.

A Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) se reuniu, nesta qunta-feira (2), com entidades para definir estratégias de prevenção à raiva herbívora no Rio Grande do Sul.

Segundo a Seapdr, os dados dos cinco primeiros meses de 2022, contabilizados pelo Programa de Controle da Raiva Herbívora, registram 36 focos de raiva herbívora em 19 municípios gaúchos.

Este número já é maior do que o registrado em 2020 (total de 29 focos) e está perto dos dados de 2021, quando o Rio Grande do Sul notificou 48. O município com maior número de focos neste ano de 2022 é Itacurubi, seguido de Santiago, Muçum, Gravataí e Bossoroca.

“O objetivo da reunião de hoje foi buscar o apoio das entidades para fazer um trabalho preventivo junto aos produtores, de buscar a conscientização sobre os riscos da doença para os animais e pedir o auxílio na identificação de casos, notificação e na indicação de refúgios para combater os focos”, destacou o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Secretaria da Agricultura, Wilson Hoffmeister.

Segundo Wilson, este aumento no número de casos se deve às questões climáticas registradas, tanto a estiagem registrada no Rio Grande do Sul desde dezembro de 2021, quanto as chuvas que vieram logo depois.

A Seapdr ressalta que os casos de raiva herbívora devem ser notificados imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial em qualquer caso suspeito.

Identificação doença 

Conforme a Seapdr, a doença geralmente se inicia com o isolamento voluntário do animal, apatia, perda do apetite, podendo haver sensibilidade e prurido na região da mordedura.

Evolui com vocalização constante, hiperexcitabilidade, salivação abundante, dificuldade para engolir, movimentos desordenados da cabeça, ranger de dentes, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações musculares involuntárias.

Depois, o animal não consegue mais se levantar e apresenta movimentos de pedalagem, dificuldade respiratória, asfixia e morte, que ocorre geralmente entre três e sis dias após o início dos sinais, podendo em alguns casos, ocorrer em até 15 dias.