Taxa de desemprego recua para 10,5% em abril, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril. Isso significa que 11,3 milhões de brasileiros estão sem trabalho. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira.

Trata-se da menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando foi registrado 8,1%. O desemprego caiu 0,7 ponto percentual em relação aos 3 meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

O IBGE destacou que o número de pessoas ocupadas é de 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012. Houve alta de 1,1% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro e de 10,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A mínima da série histórica, registrada em 2014, é de 6,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad.

Formalidade

O IBGE aponta para o aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, chegando a 35,2 milhões de pessoas. Na comparação trimestral o aumento foi de 2% e na anual houve crescimento de 11,6% no emprego formal.

Os setores que mais empregaram no período foram o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

Rendimento

De acordo com a pesquisadora Adriana Beringuy, o aumento da ocupação não se refletiu no rendimento real habitual, que caiu 7,9% na comparação anual, ficando em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril.

“Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público”, disse.

A massa de rendimento real habitual somou R$ 242,9 bilhões, ficando estável na comparação anual.