Rio Grande do Sul identifica primeiro caso de contágio simultâneo por influenza e coronavírus

Paciente, de 21 anos, e é de Porto Aegre. Ele fez apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e ainda não se sabe se ele tomou imunizante contra a gripe.

A SES (Secretaria Estadual da Saúde) divulgou, nesta quarta-feira (5), que foi detectado o primeiro caso de contágio simultâneo para os vírus Influenza H3N2, causador da gripe, e Sars-CoV-2, que causa a Covid-19. O caso de “codetecção” foi confirmado após realização de teste pelo Lacen/RS (Laboratório Central do Estado). Por isso, a Secretaria da Saúde reforça que sejam mantidas as medidas de prevenção à gripe e covid-19: uso de máscara, distanciamento interpessoal e vacinação contra as duas doenças.

Trata-se de um homem, 21 anos, residente de Porto Alegre, que apresentou sintomas gripais leves e não precisou de hospitalização. O paciente buscou atendimento médico no dia 23 de dezembro na Capital, apresentando dor no corpo, cefaleia (dor de cabeça) e febre. Na mesma data já regressou para casa. O jovem não possui comorbidades e o resultado confirmatório de RT-PCR saiu no último dia 28.

Investigações posteriores apuraram que o homem realizou apenas uma dose da vacina da covid-19 em setembro do ano passado e não completou o esquema de duas doses. Ainda está em apuração a situação vacinal do homem contra a gripe.

O tipo de vírus da gripe detectado no homem foi o Influenza A-H3N2. Esse tipo de vírus é um dos que compõe a vacina anual da gripe, por isso uma das medidas de prevenção indicada pela Secretaria da Saúde é a imunização. Mesmo após a realização da campanha, que ocorreu entre abril e julho do ano passado, a vacinação segue disponível nos municípios que ainda possuem doses em estoque e aquelas cidades que não tenham mais doses podem solicitar novos lotes ao Estado. Todas pessoas acima dos 6 meses de idade podem fazer a vacina.

Desde o início de dezembro, o Lacen já identificou 116 casos de Influenza A-H3N2, incluindo entre eles dois óbitos (em residentes de Porto Alegre e São Francisco de Paula) e esse caso leve de codetecção com o coronavírus.

Codetecção de vírus respiratórios

Embora em relação à covid-19 o Lacen ainda não tivesse registrado casos de codetecção com Influenza, já houve ocorrência em anos anteriores à pandemia de pacientes que tiveram a identificação do vírus da gripe com algum outro (vírus sincicial respiratório ou adenovírus, por exemplo) assim como mais de uma cepa do vírus Influenza entre os analisados pelo laboratório (A-H1N1, A-H3N2 e B). Também já houve no Lacen casos de codetecção de coronavírus e do vírus sincicial respiratório.