Porto Alegre registra aumento de infestação do mosquito Aedes aegypti

Conforme a Prefeitura, o resultado exige maior atenção para a eliminação de focos de água parada em residências, comércios e áreas públicas

O índice médio de infestação do Aedes aegypti, inseto vetor da dengue, assim como da zika e do chikungunya, alcançou o nível mais elevado das últimas semanas em Porto Alegre. Conforme a Prefeitura, o resultado exige maior atenção para a eliminação de focos de água parada em residências, comércios e áreas públicas.

A Vigilância em Saúde da Capital ressalta que, como as temperaturas estão mais elevadas e somadas ao período de férias e viagens, é importante incrementar, antes da viagem após o retorno à cidade, as medidas de controle do vetor. Entre essas ações estão a verificação e eliminação de água parada em pátios, calhas, ralos, além de descarte de resíduos inservíveis, entre outras.

“Essencial ter olhos atentos para qualquer objeto que possa acumular água neste momento, pois uma limpeza correta resulta na retirada de ovos do mosquito nos recipientes”, destaca o diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter.

No retorno a Porto Alegre, em caso de presença de sintomas de qualquer dessas doenças, a recomendação é buscar atendimento médico o mais rápido possível. Também é importante fazer referência à viagem para local com transmissão viral no momento do atendimento.

No final de dezembro, a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis e o Núcleo de vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde emitiram Alerta Epidemiológico a serviços de saúde. O alerta se dirigiu ao profissionais de saúde chamando atenção para suspeita de arboviroses no atendimento a casos com a seguinte sintomatologia: febre com duração máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos 2 dos seguintes sintomas: exantema, cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-ocular, náuseas, vômitos, leucopenia, hiperemia conjuntival.

Bairros com maior infestação na semana epidemiológica de 2 a 8 de janeiro de 2022

Aparício Borges, Azenha, Cidade baixa, Gloria, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Mario Quintana, Medianeira, Menino Deus, Parque Santa Fé, Partenon, Passo d’Areia, Passo das Pedras, Petrópolis, Santa Tereza, Santana, Santo Antonio, São José, Sarandi, Teresópolis, Vila Ipiranga, Vila Jardim, Vila João Pessoa, Camaquã, São Sebastião, Jardim Lindoia, Jardim Europa, Santa Rosa de Lima, Mont’ Serrat,T Bela Vista, Bom Jesus, Cavalhada, Jardim Leopoldina, Nonoai, Rubem Berta, Tristeza

Sintomas e quadro clínico compatível com as doenças:

Dengue

Caso suspeito – febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos, prova do laço positiva ou baixa contagem de leucócitos (comprovado em exame de sangue, em análise laboratorial).

Chikungunya

Caso suspeito – fase aguda – paciente com febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de dor nas articulações ou artrite intensas de início súbito e não explicadas por outras condições. Pode estar associado à dor de cabeça, dor muscular e erupções na pele. Considerar história de deslocamento nos últimos 15 dias para áreas com transmissão de Chikungunya.

Zika

Pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso (erupção aguda e generalizada), acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre baixa ou inaparente, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.