O Governo Rio Grande do Sul projeta dar reajuste de até 32% para os professores. A medida visa respeitar a lei que impõe o novo piso nacional do magistério.
A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (8) aos deputados da base aliada e encaminhada para a Assembleia Legislativa.
Segundo o governo do Estado, o reajuste previsto vale para todos os níveis de carreira, mas não será linear. Por exemplo, docentes que estão em sala de aula terão aumento salarial, em média, de 22,5%.
No caso dos inativos com paridade, o aumento é menor, com reajuste efetivo médio de 6,15%, tendo em vista que tais profissionais tendem a ter parcela de irredutibilidade em maior valor.
A última alteração nos vencimentos de professores foi ainda durante o governo Tarso Genro, em 2014. Desde o ano seguinte, houve congelamento de salários.
A adequação ao piso nacional do magistério deve trazer impacto de 650 milhões de reais para os cofres públicos, segundo estimativa da Secretaria da Fazenda. Não há prazo para a votação da proposta de reajuste na Assembleia Legislativa.
“Estamos em uma situação melhor, mas o Rio Grande do Sul ainda tem desafios para uma década: pagamento de precatórios, pagar dívida com a União. Tudo isso levando em conta a incerteza quanto ao cenário econômico para os próximos anos. Depois desses pagamentos, aí sim, teremos um Estado com capacidade de contratar empréstimos e de fazer investimentos”, afirmou Eduardo Leite.
Hoje, o Rio Grande do Sul tem 60 mil professores em atividade (35 mil concursados e 25 mil temporários) e 100 mil inativos.
