Pílula anti-Covid da Pfizer reduz hospitalização e morte em 89%

A farmacêutica Pfizer divulgou nesta quarta-feira (14) que o comprimido Paxlovid reduziu em 89% a quantidade de hospitalizações e de mortes causadas pela Covid-19.

Os testes foram conduzidos com 2.246 pessoas e mostram eficácia de 89% entre aqueles que tomaram as pílulas em até três dias do aparecimento de sintomas e de 88% entre aqueles que receberam os comprimidos em até cinco dias.

Cerca de 0,7% daqueles que receberam o Paxlovid foram hospitalizados no período de 28 dias após receberem o tratamento enquanto 6,5% dos que receberam placebo foram internados. Ainda entre o grupo de controle (placebo) houve nove mortes contabilizadas contra nenhuma nos que tomaram a nova droga. Os números entre quem tomou em três ou cinco dias foram similares.

Entre os que tinham mais de 65 anos, os riscos foram reduzidos em 94% e 1,1% foram hospitalizados nos 28 dias e não houve mortes. No grupo de controle, as internações somaram 16,3% e seis mortes. Os números confirmam a pesquisa preliminar anterior.

“Se nosso antiviral for autorizado ou aprovado, ele pode ter um impacto significante na vida de muitas pessoas. Isso mostra que o tratamento tem potencial para salvar a vida de pacientes em todo o mundo”, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.

Vacinas 

Um novo estudo foi divulgado nesta quarta-feira sobre a eficácia da vacina da Pfizer, a Comirnaty, contra a variante Ômicron.

Feita pela Discovery, a maior seguradora de saúde da África do Sul, e pelo South African Medical Research Council, a pesquisa analisou dados de 78 mil testes RT-PCR feitos entre 15 de novembro e 7 de dezembro e verificou o nível de proteção do imunizante.

Segundo os pesquisadores, a eficácia foi de 70% em pessoas que tinham recebido duas doses do imunizante quando analisadas as internações. No entanto, a vacina teve apenas 33% de eficácia ao evitar que as pessoas se infectassem com a nova cepa.

O CEO da Discovery, Ryan Noach, reforçou que o alto percentual para evitar as internações foi visto em todas as faixas etárias e também em pessoas com doenças crônicas.