Operação desarticula organização criminosa que atua no Vale do Sinos e em Santa Catarina

O grupo criminoso utilizava empresas de fachada para aplicar golpes em pessoas interessadas em investimentos imobiliários, conforme a polícia.

A Polícia Civil deflagrou a “Operação Ouro de Tolo” na manhã desta sexta-feira (17). É investigada uma organização criminosa responsável pela prática de diversos crimes, como lavagem de dinheiro, estelionato e falsificação de documentos públicos e privados e, inclusive, homicídio.

O grupo criminoso utilizava empresas de fachada para aplicar golpes em pessoas interessadas em investimentos imobiliários. A quadrilha empregava as somas obtidas com os ilícitos praticados em imóveis e veículos de luxo. Ao todo foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão preventiva e 4 quebras de sigilo telefônico. Cerca de 100 policiais foram mobilizados para a investida a bordo de 30 viaturas.

De acordo com a Delegada Ariadne Moraes Langanke, Titular da DPHPP (Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Novo Hamburgo, as investigações iniciaram após o cometimento de homicídio ocorrido no ano de 2020.

Após o homicídio, foi apreendida significativa quantia em dinheiro que estava na posse de um dos autores do crime: dois milhões e duzentos mil reais, entre dólares americanos e também moeda nacional. Documentos diversos, também apreendidos na ocasião, demonstraram a prática de diversas condutas ilícitas por parte dos investigados.

Conforme a Polícia Civil, um dos casos de estelionato foi registrado no Interior do Estado. A vítima acertou a compra de um terreno após ver um anúncio na Internet com um dos líderes do esquema. O empresário lesado marcou encontro para a entrega do dinheiro em espécie e os criminosos arquitetaram uma falsa situação para sumirem levando o dinheiro do negócio.

Em uma gravação obtida pela Polícia Civil durante as investigações, um dos líderes do esquema fornece detalhes sobre a existência de um laboratório para a prática de falsificações de documentos. A cópia falsa da identidade funcional de um delegado de polícia chegou a ser requisitada aos falsários.