Nova Zelândia quer acabar com hábito de fumar

A Nova Zelândia comunicou, nesta quinta-feira (9), que está avançando com uma legislação antitabagista para tentar tornar-se um país sem fumantes em 2025.

A Nova Zelândia comunicou, nesta quinta-feira (9), que está avançando com uma legislação antitabagista para tentar tornar-se um país sem fumantes em 2025.

Os preços vão subir, e a idade legal para fumar aumentará durante os próximos quatro anos. “Smokefree 2025” é uma política do governo trabalhista neozelandês para tornar a próxima geração livre do vício. O objetivo é que as novas medidas incentivem as pessoas a deixar o tabaco e afastem os mais jovens do hábito.

Nos próximos quatro anos, fumar deverá se tornar inaceitável e inacessível na Nova Zelândia. A futura legislação implica redução da quantidade legal de nicotina nos produtos de tabaco, extinção de lojas de venda, aumento de preços e definição de idade mínima para comprar cigarro, o que aumentará todos os anos.

“Este é um dia histórico para a saúde de nosso povo”, declarou Ayesha Verrall, ministra neozelandesa da Saúde. As autoridades de saúde da Nova Zelândia afirmam que os fumantes normalmente adquirem o hábito durante a juventude.

Cerca de quatro em cada cinco neozelandeses começam a fumar aos 18 anos e 96% aos 25 anos. Ao impedir que uma geração comece a fumar, o governo pretende evitar cerca de 5 mil mortes em um ano.

“Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar, por isso consideraremos um crime vender ou fornecer produtos de tabaco para os novos grupos de jovens. Quando a lei entrar em vigor, pessoas com 14 anos nunca poderão comprar tabaco legalmente”, argumentou Ayesha.

As taxas diárias de tabagismo caíram de 18% em 2008 para 11,6% em 2018. Por sua vez, as populações nativas dos Maóri e Pacifika contrariam a tendência. O percentual chega a atingir 29%.

“Se nada mudar, levará décadas até que as taxas de fumantes maori caiam para menos de 5%”, disse a ministra. Ela afirma que é possível erradicar o tabagismo nos próximos quatro anos, mas terá de ser de forma mais radical para ter impacto.

“Acredito que estamos no caminho certo para a população europeia da Nova Zelândia. A questão, no entanto, é: se não alterarmos os hábitos firmemente, nunca faremos com que os Maori também alterem – e é nisso que o plano está realmente focado”, ressaltou.