Morre a escritora Lya Luft, aos 83 anos

Lya Luft realizava tratamento contra um melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele

A escritora gaúcha Lya Luft morreu, aos 83 anos, nesta quinta-feira (30). Autora premiada e considerada uma das mais importantes escritoras contemporâneas, ela escreveu 31 títulos, além de colunista de jornais e portais de notícias. Lya realizava tratamento contra um melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele. A doença foi diagnosticada em estágio avançado, quando já causava comprometimento em outros órgãos, há sete meses.

A escritora nasceu em Santa Cruz do Sul no dia 15 de setembro de 1938, descendente de imigrantes alemães. Foi incentivada desde cedo por eles para desenvolver o hábito da leitura. Tomou tanto gosto que se tornou mestre em Linguística e Literatura Brasileira, além de professora universitária. Também foi patrona da Feira do Livro de Porto Alegre.

Lya Luft chegou a ser internada no Hospital Moinhos de Vento para tratamento. No entanto, pediu alta no dia 21 de ezembro para ficar em casa, conforme seu desejo. A escritora deixa o marido, Vicente, os filhos Susana, Pedro e André (falecido em 2017); além de sete netos e netas. A cerimônia de despedida deve ser restrita à família.

Repercussão

O anúncio da morte de Lya Luft causa comoção entre personalidades, políticos e no público. O presidente da Academia Riograndense de Letras, Rafael Bán Jacobsen, lamentou a morte de Lya em comunicado oficial. “Comunico falecimento da Lya Luft, nossa escritora do ano, nesta madrugada. Nossa homenagem chegou em tempo e trouxe alegria aos seus últimos dias”, afirmou. A escritora havia sido agraciada com a honraria de Escritora do Ano no dia 16 de dezembro.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou via Twitter. “O RS perde um dos seus maiores nomes da literatura. Lya Luft nos deixa aos 83 anos e abre uma lacuna difícil de ser preenchida. Que Deus conforte a família e os amigos”, afirmou.

A colunista Rosane de Oliveira, de Zero Hora e GZH, colega de Lya Luft exclamou “Que dia triste este. Sem palavras”, ao publicar no Twitter o link de uma notícia sobre a morte de Lya.