A descoberta de uma nova variante do vírus Sars-CoV-2, que causa a Covid, tem provocado temores de uma nova disparada de casos. A mutação B.1.1.529, identificada primeiramente na África do Sul, pode ser mais transmissível. A variante surgiu em uma região com baixíssimos índices de vacinação contra a Covid-19 devido à distribuição desigual de imunizantes pelo mundo. Segundo dados divulgados por cientistas, essa variante apresenta muitas mutações, algumas descritas como “terríveis”, na proteína S (de spike, ou espícula), usada pelo Sars-Cov-2 para entrar nas células humanas. O alerta foi disparado na terça-feira (23) e, já na quarta-feira (24), a nova mutante recebeu nome. Cientistas dizem que a variante deu um salto na evolução natural do vírus, tendo muito mais mutações que o esperado. Ao todo, foram identificadas 50 diferenças, sendo que 30 na proteína S. Há preocupação de que os imunizantes percam eficácia contra a variante, pois as vacinas usam esta proteína para gerar proteção contra o coronavírus. No entanto, não há nenhum dado de como a vacina atua quando em contato com essa mutação. O sequenciamento da B.1.1.529 foi realizado na África do Sul, mas isso não quer dizer que ela tenha surgido a partir de contágios por Sars-CoV-2 no país. Até esta sexta, a amostra mais antiga em que a variante tinha sido coletada foi em Botswana, outro país africano, em 11 de novembro. O novo vírus foi detectado em sete países: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue Cientistas do Ceri (centro para resposta a epidemias e inovação da África do Sul) estão “24 horas por dia” para entender os efeitos da nova variante”. Eles ainda não sabem se ela é mais contagiosa ou não. No entanto, dados preliminares apontam que a variante aumentou rapidamente na província de Gauteng, a mais populosa da África do Sul, e que inclui Pretória e Johannesburgo, e já pode estar presente nas outras oito províncias do país.
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