Crimes de homicídio, latrocínio e feminicídio recuam no mês de outubro no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul teve uma nova queda nos indicadores de homicídios, latrocínios e feminicídios no mês de outubro. Os dados são da SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Em todo o Estado, foram registradas 118 vítimas, o que representa 31,8% menos do que as 173 do mesmo mês no ano anterior. Queda percentual maior do que essa só ocorreu em agosto de 2019 (-39%). Em relação ao pico da série histórica, quando o RS teve 231 pessoas assassinadas no 10º mês do ano de 2014, a retração é de quase metade.

“Tivemos um resultado excelente em outubro. Com quedas em todos os crimes contra a vida e redução ou estabilidade nos principais crimes contra o patrimônio. É o trabalho dos homens e mulheres das nossas forças de segurança, com nas premissas de integração, inteligência e o investimento qualificado que temos concretizado, mais uma vez, comprovando o acerto do planejamento do Programa RS Seguro”, declarou o vice-governador e secretário da SSP, delegado Ranolfo Vieira Júnior.

Outros crimes contra a vida também tiveram redução. É o caso dos latrocínios, quando a vítima de um assalto é morta. A queda foi de seis durante outubro de 2020 para apenas duas no mesmo mês deste ano, menor total já verificado em toda a série histórica, desde 2002.

No acumulado, o cenário é igualmente de queda. Enquanto entre janeiro e outubro do ano passado houve 58 latrocínios, no mesmo período de 2021 o número de casos caiu para 52 (-10,3%). Comparado com o pico da série de contabilização, em 2016, quando 148 gaúchos perderam a vida em assaltos, o total atual representa retração de 64,9%.

Violência contra a mulher

Nos feminicídios, quando uma mulher é morta por questão de gênero, houve retração de 40% no número de casos. O Estado registrou três feminicídios em outubro. Ano passado foram cinco no mesmo período. Mas, no acumulado do ano, o total cresceu 24%. De janeiro a outubro de 2020 foram 67 vítimas. Em 2021, já são 83 mulheres mortas por causa do seu gênero.

Por isso, as autoridades reforçam a importância de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, ou até mesmo desconhecidos, realizarem a denúncia ao primeiro sinal de violência. Quanto mais cedo for levado às polícias o conhecimento sobre possíveis abusos, maiores são as chances de auxiliar as mulheres vítimas a romperem com o ciclo de violência antes que ele termine em um feminicídio.

Nos demais crimes de violência contra a mulher monitorados pela SSP, a tendência geral é de queda tanto no acumulado quanto no recorte do mês. Entre janeiro e outubro, comparado a igual período de 2020, houve retração nas ameaças (-5,1%), nas lesões corporais (-6,8%), nos estupros (-1,1%) e nas tentativas de feminicídio (-19,5%). A leitura isolada do 10º mês do ano mostra reduções ainda maiores nas ameaças (-6,9%), nos estupros (-22,5%) e nas tentativas de feminicídio (-35%) – apenas o número de lesões corporais ficou 0,6% acima que o verificado em outubro de 2020.