Brasil atinge marca de 600 mil mortes em decorrência da Covid-19

A triste marca é atingida no momento em que a situação epidemiológica está registrando uma desaceleração no território brasileiro

Com quase metade da população vacinada contra a Covid-19 e em meio à retomada das atividades comerciais e de lazer, o Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (8) a marca de 600 mil mortes na pandemia provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2.

Segundo boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1, o país acumula 600.077 óbitos e 21.893.752 casos da doença desde o início da emergência sanitária, em março de 2020.

A triste marca é atingida no momento em que a situação epidemiológica está registrando uma desaceleração no território brasileiro, tendo em vista que a média de mortes diárias está em 438, o menor número desde novembro do ano passado, e apresentando queda. Em abril, no pior momento da pandemia no Brasil, a média móvel de vítimas chegou a 3.125.

A primeira morte por Covid ocorreu no dia 12 de março do ano passado. Já a marca de 100 mil óbitos foi atingida em agosto de 2020, enquanto que a de 200 mil foi em janeiro de 2021.

Somente entre janeiro e abril deste ano, foram contabilizados quase 210 mil falecimentos, elevando o total para mais de 400 mil. Já a marca de 500 mil vítimas foi atingida no último dia 17 de junho, sendo que a partir desta data foram precisos quatro meses para o número aumentar mais 100 mil vidas perdidas.

Apesar de o número de vítimas ter despencado nos últimos meses, o Brasil ainda é o 3º país com a maior média diária de novas mortes, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.

Além disso, o país liderado por Jair Bolsonaro é o nono com mais mortes por 100 mil habitantes (281,72), atrás do Peru (605,12) e de países do leste europeu, como Bósnia e Herzegovina (328,25) e Hungria (309,73).

Até o momento, de acordo com o consórcio, o Brasil tem 69% da população vacinada com ao menos uma dose anti-Covid e 45%, totalmente imunizada.

A campanha de vacinação avança, apesar dos problemas registrados nos últimos meses, como a demora na aquisição das doses, as falhas na distribuição e na infraestrutura e os discursos negacionistas de Bolsonaro, que alega não ter se vacinado, divulga informações incorretas e falsas sobre o imunizante e apoia tratamentos sem eficácia comprovada.

Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) inclusive foi criada para investigar os processos de compra de imunizantes e a gestão da pandemia por parte do governo brasileiro.