Governo do RS projeta que toda a população gaúcha acima de 18 anos receberá 1ª dose até 30 de agosto

Novo cronograma representa uma redução de um mês na espera para imunizar todos os adultos em relação ao que havia sido projetado em junho.

O governador Eduardo Leite anunciou, no final da tarde desta quarta-feira (4), que todos os gaúchos acima de 18 anos estarão vacinados com pelo menos uma dose contra a covid-19 até 30 de agosto. Isso representa uma redução de um mês em relação ao que havia sido projetado em junho.

“Notícia boa não pode esperar! Antecipamos para até 30 de agosto a aplicação da primeira dose em todos os gaúchos com 18 anos ou mais”, avisou Leite. “Apesar da expectativa positiva na luta contra a pandemia, ainda precisamos de muitos cuidados, conforme os Avisos emitidos pelo Gabinete de Crise“, alertou ao fim da mensagem.

Só no mês de agosto, o Rio Grande do Sul projeta receber do Ministério da Saúde 1.703.000 doses de imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac para primeira e segunda doses. Esse quantitativo é suficiente para destinar primeiras doses para toda a população de até 18 anos, de acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), Tani Ranieri.

“Há uma excelência na vacinação no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde divulgou um informe técnico que nos coloca na segunda posição [atrás do Acre] com o menor percentual ainda não vacinado de primeira dose no país, com 34%. Com a D2, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais vacinou”, informa a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

73% dos adultos já estão imunizados

Nesta quarta-feira (4/8), da população vacinável acima de 18 anos no Estado (8.958.689), 73,8% receberam ao menos uma dose ou a dose única da Janssen. Entre os residentes, 6.378.377 pessoas já receberam a primeira dose ou a dose única. Ainda falta vacinar 882.091 pessoas da faixa etária entre 18 e 39 anos.

Para que seja possível atingir a imunidade coletiva no Estado, Tani alerta que é necessário vacinar, no mínimo, 70% da população com as duas doses ou dose única, mas de forma homogênea entre municípios e idades. “O ideal é que o Estado atinja 90% de cobertura vacinal”, completa.

A secretária Arita reforça a necessidade de as gestões municipais realizarem busca ativa das pessoas que deixaram de se vacinar quando chegou sua vez. “Há uma disparidade grande na aplicação das vacinas entre os municípios, porque alguns evoluem por grupo etário sem que toda a população vacinável daquela faixa tenha sido imunizada. Não adianta acelerar até 18 anos se parte da população ficou para trás. É preciso olhar para frente de olho no retrovisor”, salienta.