Secretaria da Saúde confirma primeiros dois casos da variante Delta no Rio Grande do Sul

Outros cinco casos suspeitos de contágio pela variante Delta seguem em investigação na Fiocruz.

Foram confirmados, nesta segunda-feira (19), os dois primeiros casos no Rio Grande do Sul da variante Delta do coronavírus, identificada primeiro na Índia. As duas pessoas infectadas são moradoras de Gramado, na Serra gaúcha, e não possuem histórico de viagem para fora do Estado ou exterior recente. Outros cinco casos suspeitos da variante Delta seguem em investigação na Fiocruz.

O primeiro caso identificado foi de um residente de Gramado, que teve a amostra de exame confirmada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, por meio de sequenciamento genético completo. O segundo caso, também morador de Gramado e contactante do primeiro, teve a amostra confirmada pelo CDCT (Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do CEVS (Centro Estadual de Vigilância em Saúde). A identificação ocorreu por meio de sequenciamento parcial e vínculo epidemiológico, já que havia proximidade com o primeiro homem que teve a amostra sequenciada na Fiocruz.

Conforme a Vigilância em Saúde, outros cinco casos são investigados. Um deles é de Gramado, também contactante do caso confirmado, dois de Sapucaia do Sul, um de Esteio e um de Canoas. Os resultados devem sair ao longo desta semana, de acordo com o CEVS.

A amostra de um paciente de Santana do Livramento também foi enviada para o sequenciamento completo. No entanto, já foi descartado se tratar da variante Delta por um sequenciamento parcial no Lacen (Laboratório Central do Estado). O subtipo pelo qual o morador da Campanha foi infectado não foi tornado público.

O que já sabemos sobre a variante Delta do coronavírus

A maior característica desta linhagem, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade. Essa linhagem também apresenta uma diminuição da eficácia dos anticorpos produzidos pelas vacinas, sendo que apenas uma dose (nos esquemas que preveem duas) pode ser pouco efetiva contra essa variação. Por isso, a Secretaria da Saúde (SES) orientou que o intervalo entre doses seja de 10 a 12 semanas dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, no intuito de acelerar a aplicação do esquema vacinal completo da população.

Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.