Rio Grande do Sul tem transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus, diz Saúde

Diretora do Centro de Vigilância em Saúde reforça que as vacinas protegem contra casos de Covid-19 graves, mas não impedem contágio e transmissão

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A SES (Secretaria Estadual da Saúde) alertou que o Rio Grande do Sul tem transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus, detectada primeiramente na Índia, e que é mais transmissível. Os dois primeiros casos no Estado foram confirmados na última segunda-feira (19), no município de Gramado, na Serra gaúcha.

A transmissão comunitária ocorre quando não é possível identificar de quem se contraiu a Covid-19. Ou seja, a transmissão do vírus respiratório ocorre entre pessoas de uma mesma região, ou sem histórico de viagem ou ainda sem que se possa saber quem originou a transmissão.

Até o momento, foram confirmados três residentes do Estado com a variante Delta. Os dois primeiros de Gramado, que possuem vínculo e contraíram a covid-19 no município, e um em Nova Bassano, que contraiu a doença em viagem ao Rio de Janeiro.

Vacina protege contra Covid-19 grave, mas não impede contágio e transmissão

De acordo com a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos, a confirmação do primeiro caso de Gramado por sequenciamento genético completo pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, e o aumento de prováveis casos de contaminação por essa linhagem identificadas pelo Cevs indicam que há circulação comunitária.

“A vacina protege contra essa variante, especialmente após a segunda dose no caso dos imunizantes que precisam de reforço, mas a vacinação não impede que que a pessoa se contamine e siga transmitindo o vírus. Por isso é preciso manter todos os cuidados de proteção contra a covid-19 independente de ter tomado a vacina, principalmente quem possui qualquer fator de risco para complicações da doença”, ressaltou a diretora.

“A pandemia não acabou, mas falta pouco. Não vamos permitir que comece tudo novamente”, pediu Cynthia.

O que já sabemos sobre a Delta

A Delta é uma das chamadas “variantes de preocupação” (VOC, de variants of concern na sigla em inglês), pois são variações que trazem alguma mudança no comportamento do vírus. A característica mais marcante da Delta, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade.Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.

Casos da variante Delta no RS

  1. GRAMADO (confirmado por sequenciamento genético completo pela Fiocruz);
  2. GRAMADO (confirmado por sequenciamento genético parcial pelo Cevs e vínculo epidemiológico);
  3. NOVA BASSANO (confirmado por sequenciamento genético completo pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro);
  4. GRAMADO (suspeita epidemiológica, aguardando retorno da Fiocruz);
  5. SAPUCAIA DO SUL (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz);
  6. SAPUCAIA DO SUL (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz);
  7. ESTEIO (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz);
  8. CANOAS (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz);
  9. ALVORADA (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz);
  10. PASSO FUNDO (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz);
  11. ESTEIO (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz);
  12. SÃO JOSÉ DOS AUSENTES (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz);
  13. SAPUCAIA DO SUL (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz);
  14. SANTANA DO LIVRAMENTO (suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz).

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