Adolescentes são apreendidos pela PRF após apedrejarem veículos na FreeWay

Autores dos ataques disseram que jogaram pedras nos veículos "por diversão". Eles foram encaminhados ao Deca

Dois adolescentes foram apreendidos na madrugada desta segunda-feira (12), em Porto Alegre, em uma ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Eles jogaram pedras contra veículos que passavam pela BR-290, a FreeWay, na entrada da Capital.

Os policiais ficaram sabendo do caso através de denúncias realizadas pelo telefone 191. Os comunicantes disseram que dois homens estariam apedrejando veículos transitando pela Freeway nas proximidades da Arena do Grêmio.

Uma das vítimas, um homem de 35 anos, de Santana do Livramento, viajava com a mulher e a filha de 5 anos. Ele teve a coluna da Volkswagen Amarok que dirigia atingida por um bloco de concreto, que quebrou o para-brisa. Assim como outras duas vítimas, o homem não parou no local, e ligou de um posto de combustível para o 191.

Os policiais iniciaram buscas na região e, por volta das 2h da manhã, identificaram os dois indivíduos. Eles estavam caminhando próximo à rodovia com pedras nas mãos, e tinham as características repassadas pelas vítimas.

Os adolescentes, de 16 e 17 anos, foram conduzidos para o DECA (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente) para registro da ocorrência. Eles não tinham antecedentes e disseram que jogaram pedras nos veículos “por diversão”.

Morte completou um mês

Amanhã, dia 13, completará um mês da morte de Munike Fernandes Krischke, de 45 anos, atingida por um paralelepípedo próximo à Ponte do Guaíba, em Porto Alegre. O ataque ocorreu no dia 12 de junho, quando ela e o marido iam comemorar o Dia dos Namorados. A vítima chegou a ser socorrida, encaminhada ao HPS (Hospital de Pronto-Socorro) de Porto Alegre, mas não resistiu aos graves ferimentos.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, mas as investigações ainda não chegaram nos autores do crime. A falta de câmeras de videomonitoramento no local do ataque dificulta a localização de eventuais suspeitos.

Neste domingo, familiares de Munike realizaram uma manifestação através de uma carreata da casa onde ela vivia até o Parque Germânia, na zona norte de Porto Alegre. O protesto pedindo justiça não passou pela região da Ponte do Guaíba.

A família entrou na Justiça contra a concessionária da FreeWay e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) por causa da falta de segurança no local. A empresa responsável pelo trecho afirmou que vai colocar câmeras na região onde ocorreu o ataque, mas elas ainda não foram instaladas.