Quatro homens foram baleados e mortos em um tiroteio dentro de uma pizzaria da zona norte de Porto Alegre. O crime ocorreu no fim da madrugada deste domingo (13), na avenida Manoel Elias, no bairro Mário Quintana. O autor dos disparos é um policial militar. Ele alega legítima defesa e se apresentou na DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento).
O registro policial aponta que a Brigada Militar foi acionada, por volta das 5h30. O chamado era para atender a uma ocorrência de múltiplos disparos de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial na Manoel Elias, próximo à avenida Protásio Alves.
Ao chegarem no local, os policiais do 20º BPM (Batalhão de Polícia Militar) encontraram os quatro homens mortos. Elas haviam sido alvos de disparos de arma de fogo dentro do estabelecimento comercial. O local foi isolado para a realização de perícia. O policial deixou a pizzaria e era procurado pela polícia. Ele se apresentou, no fim da manhã, na DPPA, onde prestou depoimento.
Em depoimento, o autor dos disparos, um policial militar, alegou que agiu em legítima defesa. Ele afirmou que estava à procura de uma ex-namorada e passou por uma casa onde estava ocorrendo uma festa. Na versão apresentada por ele, quatro homens e duas mulheres saíram do local e passaram a prossegui-lo. O PM teria, conforme sua versão, entrado na pizzaria e tentado se esconder do grupo. Ele teria avisado que era policial e que estava armado.
Um vídeo de câmeras de monitoramento, que já está de posse da Polícia Civil, mostra ele entrando em um ambiente interno da pizzaria. Os quatro homens e as duas mulheres vão até o local. De dentro do ambiente, o policial realiza disparos. As duas mulheres recuam, enquanto os homens são baleados.
Eles foram identificados como Alexsander Terra Moraes, 26 anos; Cristiano Lucena Terra, 38 anos; Christian Lucena Terra, 33 anos; e Alisson Corrêa Silva, 28 anos. Todos são familiares, sendo que Cristiano e Christian eram irmãos; Alesander, sobrinho; e Alisson, primo. Os corpos das vítimas, foram encaminhados ao DML (Departamento Médico Legal), onde passarão por necropsia.
Como o policial se apresentou espontaneamente, com a arma do crime, ele não foi preso em flagrante delito. O PM atua no 20º BPM e deve ser afastado das funções.
A Polícia Civil investiga a motivação do crime. A principal hipótese que surge com o depoimento é legítima defesa após, supostamente, ser ameaçado pelos homens e pelas mulheres. No entanto, outras hipóteses não são descartadas. Os investigadores buscam saber se ele tinha alguma relação com as vítimas e se há outro motivo que levasse ao quádruplo homicídio.
O caso está a cargo da 5ª DPHPP (Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Porto Alegre.
