Ibovespa bateu máximas históricas 5 vezes na última semana

O Ibovespa é o principal índice medidor da Bolsa de Valores brasileira, a B3. Ele funciona como um termômetro para o mercado de ações nacionais.

A última semana foi extremamente positiva para o mercado financeiro brasileiro. Além da cotação do dólar, que se aproximou dos níveis esperados para o fim do ano com uma grande queda que representou o menor valor de 2021 até o momento, os índices da Bolsa de Valores brasileira bateram recordes consecutivos e fecharam 5 sessões seguidas com máximas históricas.

Na sexta-feira (11), o Ibovespa subiu 0,40% e chegou à marca de 130.125,75 pontos – maior nível de todos os tempos. Durante a semana, o índice acumulou uma alta de 3,64%. O primeiro recorde foi batido no dia 27 de maio, quinta-feira da semana anterior, quando a pontuação ultrapassou os 124 mil.

O Ibovespa é o principal índice medidor da Bolsa de Valores brasileira, a B3. Ele funciona como um termômetro para o mercado de ações nacionais, através de um sistema de pontuação que simula o desempenho de uma carteira contendo as principais ações negociadas no país. Nos Estados Unidos, o equivalente ao Ibovespa é o índice Dow Jones, que calcula a força da Bolsa de Nova Iorque, retratada no filme O Lobo de Wall Street.

O movimento de alta da Bolsa de Valores brasileira reflete o que já estava acontecendo ao redor do mundo, por conta do aumento no número de imunizados contra a covid-19, o que em longo prazo significa a recuperação das atividades econômicas.

Além disso, o câmbio do Real em relação às moedas estrangeiras se manteve estável durante o período, sem variações bruscas como vinha ocorrendo, o que ajudou a aumentar a segurança dos
investimentos e valorizar as ações negociadas no Brasil.

Outro fator que impactou positivamente o índice Ibovespa foi a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre de 2021. A projeção dos especialistas em economia era de que o índice cresceria 1%, mas o resultado foi levemente superior ao esperado, com aumento de 1,2%.

Com isso, o PIB brasileiro voltou aos índices de 2019, antes da pandemia, o que também aumenta a confiança dos investidores no país. Em 2020, o Produto Interno Bruto fechou com queda de 4,1%, o que representou um prejuízo de 7,4 trilhões de reais e encerrou uma série de altas que aconteciam desde 2017 e marcou o pior
índice desde 1996.

Ainda assim, o Ibovespa fechou o ano passado com uma alta de 2,92% – índice bem mais baixo do que o crescimento de 31% registrado em 2019. Agora, após os seguidos recordes, a estimativa dos analistas financeiros é que a pontuação continue em alta no curto e no médio prazo, acompanhando a tendência de recuperação em todo o mundo.