Porto Alegre ultrapassou, nesta quarta-feira (9), a marca de 50% da população vacinada contra a Covid-19 com uma dose. São considerados vacináveis todos moradores que têm 18 anos ou mais. Foram aplicadas 552.157 primeiras doses na Capital gaúcha.
Apesar da marca animadora, menos de 30% das pessoas completou o esquema vacinal, que é compreendido por duas doses para vacinas CoronaVac, Pfizer ou Oxford/Fiocruz/AstraZeneca. O percentual, conforme os dados da Prefeitura de Porto Alegre, é de apenas 28,77%.
Entre as explicações para a diferença estão o tempo entre a primeira e segunda aplicação no caso da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca, que é de três meses. No caso da CoronaVac é de 21 a 28 dias.
Mas a diferença ocorre, também, por pessoas que deixaram de completar o esquema vacinal. Muitas pessoas podem acreditar que podem estar imunizadas apenas com uma aplicação da vacina anti-Covid-19, o que não é totalmente verdade.
Conforme o microbiologista Átila Iamarino, são necessárias duas doses desses imunizantes – CoronaVac, Pfizer ou Oxford – para que o organismo aprender a reconhecer o vírus. “Como a Covid-19 é uma doença nova, nós nunca tivemos contato com esse coronavírus, são duas apresentações [do vírus ao corpo humano] para garantir que o corpo possa fazer a resposta imune”.
Das vacinas autorizadas para uso no Brasil, apenas a vacina da Janssen (Johnson & Johnson) necessita de uma aplicação. Todas as outras precisam de duas doses para garantir imunização efetiva contra o coronavírus. “Ela é uma das poucas que foi testada assim. As outras, todas, para garantir e ter certeza que o corpo humano vai ter contato suficiente com o vírus [a ponto de criar imunidade], foram testadas e desenvolvidas para que a gente use duas doses.
Confira como são os intervalos entre as doses
