Taxa de ocupação de leitos de UTI volta a se aproximar dos 80% no RS

Hospitais de cidades do Norte, Noroeste e Fronteira Oeste enfrentam esgotamento na capacidade de atendimento.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltou a crescer rapidamente no Rio Grande do Sul. Na noite desta quinta-feira (20), 2.722 pessoas estavam na ala intensiva dos 300 hospitais gaúchos. Isso representa 79,7% do total de unidades de alta complexidade em solo gaúcho. O RS tem 3.412 leitos deste tipo.

Conforme dados do Governo do Estado, dos internados em UTIs 1.602 pessoas têm confirmação para Covid-19. São 126 pacientes suspeitos. Outros 992 pacientes estão em atendimento em UTIs, mas não têm diagnóstico positivo para contágio por coronavírus.

Na ala clínica, de baixa complexidade, o Rio Grande do Sul tem, nesta quinta-feira, 2.402 pacientes internados nos 300 hospitais monitorados. Outros 407 são suspeitos de terem sido contaminados pela Covid-19.

Hospitais lotados no Noroeste, Norte e Fronteira

Vários hospitais do Norte e Noroeste gaúcho estão com superlotação nesta quinta-feira. Um exemplo é o município de Carazinho, na região Norte. A cidade não tem mais vagas em UTI ou clínicas: são 22 pacientes em atendimento na alta complexidade em apenas 16 vagas; e 34 pacientes na ala clínica em 27 leitos.

Outro exemplo é o município de Santo Ângelo, no Noroeste. Os dois hospitais da cidade, que atendem de forma separada pacientes SUS e privados, estão perto do esgotamento na área de UTI. Das 33 vagas da cidade, 31 estão ocupadas. Há uma vaga no sistema público e outra na rede privada. Nos leitos clínicos, são atendidos 66 pacientes em 62 vagas.

A situação também é crítica na Fronteira Oeste. Uruguaiana, que não possui leitos na rede privada, tem 18 leitos de UTI na rede pública. No entanto 27 pacientes estão em atendimento na ala intensiva da Santa Casa de Uruguaiana. Na área clínica, são 52 pessoas em atendimento em 50 vagas.