Fábrica clandestina de sabão é interditada em Canoas

Objetivo da ação é coibir crimes contra as relações de consumo e estelionato. Sabão era envazado com marca "Omo". 

Uma ação conjunta entre as forças de segurança e a vigilância sanitária interditou, nesta terça-feira (11), uma fábrica clandestina de sabão. O empreendimento, que não tinha alvará e falsificava o produto de uma marca conhecida, estava localizado no bairro Niterói, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Objetivo da ação é coibir crimes contra as relações de consumo, contra a propriedade industrial e de marcas, além de estelionato.

Participam da ação a Polícia Civil, o Ministério Público e Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. Foram cumpridos quadro mandados em Canoas, em Campo Bom e em Porto Alegre. O produto clandestino era vendido em pelo menos 23 cidades do Estado: Bom Jesus, Constantina, Encantado, Estância Velha, Frederico Westphalen, Giruá, Horizontina, Ibiaçá, Nova Bassano, Palmeira das Missões, Planalto, Sananduva, Santo Augusto, Venâncio Aires, Veranópolis, Ijuí, Santo Ângelo, Cerro Largo, Porto Xavier, São Luiz Gonzaga, Catuípe, Três Passos e Cruz Alta.

Na ação, os policiais constataram que o local estava produzindo até 25 mil litros de sabão líquido por semana, com um faturamento aproximado de R$ 500 mil por mês. No entanto, o produto era totalmente clandestino, e a fábrica não tinha qualquer autorização dos órgãos competentes.

Além de produzir de forma irregular, a empresa envazava o produto com a marca do sabão Omo, produzido pela Unilever no Brasil. No local, foram encontrados aproximadamente 3.200 litros de sabão líquido para embalar e 240 unidades prontas para a venda; além de 10 mil embalagens, diversas caixas com a marca Unilever, etiquetas e rótulos.

Três pessoas foram presas em flagrante por crimes contra as relações de consumo, a propriedade industrial e de marcas, estelionato e associação criminosa. Outras seis pessoas haviam sido conduzidas para prestar esclarecimentos na Delegacia de Polícia. Foram apreendidos um caminhão, uma van e outros dois veículos.

O Delegado Joel Wagner, titular da Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor, ressalta a importância do consumidor sempre verificar o lote de fabricação do produto, que deve ser diferente de cada unidade, a fim de trazer maior confiabilidade à marca e identificação do processo de produção.