Distanciamento Controlado: Rio Grande do Sul segue todo em bandeira preta

Como a ocupação hospitalar ainda está próxima a 90%, o Estado segue com pressão sobre o sistema de saúde gaúcho.

O governo do Estado manteve, nesta sexta-feira (16), todo o Rio Grande do Sul em bandeira preta na 50ª rodada do Distanciamento Controlado.

Apesar de melhorias em alguns indicadores, o Rio Grande do Sul chega à marca sem muito a comemorar: as 21 regiões Covid permanecem em bandeira preta pela oitava semana consecutiva .

“Como há risco de as equipes de saúde estarem sobrecarregadas e de haver atraso no preenchimento dos dados, o Gabinete de Crise determinou que quando a razão de leitos livres de UTI sobre leitos ocupados por Covid em UTI estiver menor ou igual a 0,35 a nível estadual, a salvaguarda será acionada, e se sobrepõe à média ponderada dos indicadores regionais”, disse o governo do Estado.

Como a ocupação hospitalar ainda está próxima a 90%, o Estado segue com pressão sobre o sistema de saúde gaúcho.

“Por isso, o Gabinete de Crise segue com cautela para atender a pedidos de mudanças nos protocolos do Distanciamento Controlado nesta semana”, completou.

Segundo a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o cenário ainda é de risco altíssimo. “Se cada um não fizer a sua parte, o Estado ser cuidadoso ao liberar as atividades, os municípios serem rigorosos na fiscalização e os estabelecimentos e as próprias pessoas respeitarem os protocolos da sua cidade, além dos protocolos obrigatórios, como uso de máscara, evitar aglomeração e fazer a higienização constante, mais tempo ficaremos sob as restrições de distanciamento”, apontou Arita.

Prefeituras 

Segundo a secretária, para que o Estado possa seguir gradualmente liberando as atividades, é fundamental que as prefeituras atualizem e atendam aos critérios exigidos pelo Estado nos planos de fiscalização municipais.

Até agora, o governo já recebeu 431 planos, mas muitos deles não atenderam na íntegra os requisitos e estão sendo devolvidos para que seja feita a complementação.

“É de suma importância que as prefeituras ampliem suas equipes de agentes de fiscalização e aperfeiçoem esse trabalho, principalmente porque há uma redução da velocidade de queda nas internações no Estado. Para que a gente não tenha de voltar a adotar medidas mais restritivas, como suspender a cogestão e fechar atividades”, acrescentou Arita.