Leite rebate Bolsonaro e diz que presidente deveria gastar energia na compra de vacinas

O governador divulgou um vídeo no qual defende as medidas restritivas adotadas no Estado e diz que o presidente chega atrasado.

Após o governo federal decidir ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra decretos de estados que restringiram atividades por conta da disseminação da Covid-19, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, rebateu o presidente Jair Bolsonaro.

O governador divulgou um vídeo nesta sexta-feira (19) no qual defende as medidas restritivas adotadas no Estado e diz que o presidente chega atrasado.

“O presidente Bolsonaro chega, mais uma vez atrasado, e não é de surpreender. Já atrasou o País como pôde na compra de vacinas e chega atrasado também na ação, uma vez que o nosso decreto tem a vigência prevista até o dia 21 de março, no próximo domingo. Na segunda-feira, nós teremos outras normas, outras restrições estabelecidas no Estado. O presidente chega, portanto, atrasado e coloca, infelizmente, a energia em conflito, em confronto, desprezando a gravidade da pandemia, quando poderia estar colocando toda essa energia em ajudar e em conseguir vacinas. É isso que a população precisa”, disse.

Leite que o decreto gaúcho estabeleceu a possibilidade apenas da venda de itens essenciais para que se reduza a circulação de pessoas e também para não ferir a concorrência, uma vez que alguns mercados poderiam vender itens enquanto outros não.

Ação

Bolsonaro acionou o STF com uma ação de inconstitucionalidade para tentar derrubar os decretos de restrição de locomoção de pessoas adotados pelos governadores do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul para combater o coronavírus.

“Liminarmente, seja determinada a suspensão do Decreto nº 41.874/2021, do Distrito Federal; do Decreto nº 20.233/2021, do Estado da Bahia; e dos Decretos nº 55.782/2021 e 55.789/2021, do Estado do Rio Grande do Sul”, consta no pedido da ação.