Polo aquático: Brasil tem duelo de vida ou morte contra Geórgia

A seleção masculina de polo aquático está em situação delicada na disputa por vaga nas quartas de final do torneio pré-olímpico da modalidade, em Roterdã (Países Baixos). Nesta terça-feira (16), a equipe comandada pelo técnico André Avallone foi superada por Montenegro, por 15 a 5, pela terceira rodada da fase de grupos.

Os brasileiros voltam à piscina na quarta-feira (17), às 13h30 (horário de Brasília), para finalizar a participação na primeira fase, contra a Geórgia. A seleção nacional ocupa a lanterna do Grupo A, que reúne cinco times, ainda sem pontos ganhos. Nos jogos anteriores, a equipe foi superada por Canadá (7 a 11) e Grécia (8 a 15). Os quatro primeiros da chave vão para o mata-mata, que começa na sexta-feira (19).

Além de vencer, o Brasil ainda terá que torcer para, na quinta-feira (18), a Geórgia perder de Montenegro. Assim, brasileiros e georgianos empatariam em pontos e o primeiro critério de desempate (confronto direto) classificaria a seleção nacional às quartas. As três melhores campanhas do torneio vão à Olimpíada de Tóquio (Japão).

Diante do time montenegrino, um dos mais fortes do mundo, o Brasil foi bem no primeiro quarto, com só dois gols de desvantagem. Nas três parciais seguintes, os europeus tiveram o controle das ações, indo para o intervalo com 9 a 4 no placar e cedendo apenas um gol nos dois períodos do segundo tempo. O goleiro João Pedro, com sete defesas difíceis, foi o destaque da equipe brasileira, que balançou as redes com Gustavo Grummy (dois gols), Rafael Real, Guilherme Gomes e Gustavo Coutinho.

“Temos um time jovem, então não conseguimos jogar no mesmo nível todos os dias. É claro que não estamos na mesma categoria de Montenegro ou Grécia, temos que respeitá-los e aprender com eles. Precisamos seguir trabalhando duro, ainda mais do que antes. Ainda assim, penso que podemos tirar boas coisas do jogo de hoje [terça]. Em alguns momentos, nossa defesa trabalhou muito bem”, declarou Avallone, em depoimento ao site oficial da Federação Internacional de Natação (Fina).

A seleção masculina de polo aquático busca a nona participação olímpica. Entre 1920 e 1968, o Brasil marcou presença nos Jogos por convite. Em 1984, o time ocupou a vaga deixada por Cuba, que desistiu da disputa. Em 2016, entrou como país-sede do evento. Se obtiver a classificação, será a primeira vez que a equipe nacional disputaria a modalidade a partir de um pré-olímpico.