A vacina CoronaVac, desenvolvida no Brasil pelo Instituo Butantan em São Paulo, tem eficácia de 100% contra casos moderados e graves da Covid-19. Contra casos leves, o percentual é de 78%, conforme os estudos realizados no Brasil. Os dados foram apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quinta (7).
Os resultados são dos estudos clínicos em Fase 3 feitos no Brasil pelo Instituto Butantan. A Coronavac é desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Conforme o Butantan, todos os voluntários da Coronavac são profissionais de saúde, ou seja, estão em contato constante com a Covid-19. A vacina garantiu a proteção total contra mortes nos voluntários vacinados que foram contaminados. Nenhum dos voluntários que tomou a vacina teve sintomas moderados, graves ou precisou ser internado em UTIs por causa do coronavírus. Apenas 22% tiveram sintomas leves após contágio pelo vírus.
Um anúncio oficial deve ser feito no início da tarde pelo Butantan durante entrevista coletiva na qual os resultados do estudo devem ser detalhados.
O Butantan já tem em solo brasileiro 10,8 milhões de doses da CoronaVac. A expectativa do instituto é chegar a 46 milhões de doses em janeiro e 100 milhões em maio. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que participará da coletiva desta quinta-feira, reiterou na véspera que a vacinação no Estado começará dia 25 de janeiro.
Também na véspera, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, citou a CoronaVac entre os imunizantes que estarão no Programa Nacional de Imunização e previu o início da vacinação para este mês.
