Vacina anti-Covid deve funcionar contra mutação, diz BioNTech

O laboratório alemão BioNTech informou que acredita que é “altamente provável” que a vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a Pfizer, BNT 162b conseguirá proteger as pessoas da mutação do coronavírus detectada no Reino Unido.

Segundo entrevista do fundador da empresa, Ugur Sahin, a nova cepa “é um pouco diferente” das anteriores e “não sabemos ainda com precisão se a nossa vacina consegue proteger”. “Do ponto de vista científico, porém, é altamente provável que a nossa vacina proteja também contra essa variante”, pontuou.

Sahin disse que serão necessárias duas semanas para recolher os dados e analisá-los para ter a certeza científica da proteção e que, se for preciso fazer alguma readequação, são necessárias “seis semanas” de trabalho – além do tempo que as agências que já aprovaram a vacina vão precisar para liberar a alteração.

Há diversos países que estão estudando a nova cepa do coronavírus, detectada em território britânico, para entender quais riscos ela representa. Até o momento, segundo o Reino Unido e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante é transmitida de maneira mais rápida do que as anteriores.

Nome comercial

Sahin, junto a sócia Özlem Türeci, ainda informou que o nome comercial da vacina – que até hoje é chamada de BNT 162b – será Cominarty. Além disso, a previsão é de que sejam distribuídas 50 milhões de doses em escala mundial, sendo que para a União Europa serão 12,5 milhões, até o fim desse ano.