AstraZeneca testa remédio para tratamento de pacientes infectados por coronavírus

Medicamento não impede contágio pelo coronavírus, mas o desenvolvimento dos sintomas da Covid-19. Droga é desenvolvida em parceria com universidade britânica

A farmacêutica AstraZeneca e a UCLH (Universidade de Londres) estão desenvolvendo um remédio para prevenir os sintomas da Covid-19. A informação foi divulgada pelo jornal “The Guardian” nesta sexta-feira (25).

A droga, chamada de AZD7448, não impede o contágio pelo coronavírus. É um tratamento pós-exposição ao Sars-Cov-2, mas seria capaz de impedir que a pessoa desenvolva a doença entre seis e 12 meses após ser ingerida. A empresa já pediu o registro para testes nos Estados Unidos.

Assim como outros medicamentos aprovados nos EUA, mas usados em pacientes que já contraíram o coronavírus, o remédio usa uma combinação de anticorpos. A estimativa é que, com a aprovação dos testes, ele esteja disponível entre março e abril.

A proteção imediata prometida pela farmacêutica poderia ter um papel fundamental em reduzir o impacto da pandemia enquanto a vacinação estiver em curso. Conforme a AstraZeneca, o remédio deve ser ingerido até 8 dias depois do contágio pelo Sars-Cov-2.

“A vantagem desse medicamento é que te dá anticorpos imediatamente. Poderemos dizer aos participantes dos testes que foram expostos: ‘sim, podem se vacinar’. Mas não podemos garantir que ela os protegerá da doença porque já é tarde: as vacinas atuais não conferem imunidade antes de um mês”, disse a virologista da Universidade, Catherine Houlihan, ao jornal.