Exportações de melão, uva, manga e limão tendem a crescer em 2021

Certificação atesta que as frutas são produzidas de acordo com as orientações da lei islâmica e estão permitidas para o consumo de cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos em todo o mundo.

Melão, uva, manga e limão tahiti são as principais frutas exportadas para o Oriente Médio, Ásia e Emirados Árabes de acordo com informações da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). “Há uma grande expectativa de crescimento nas exportações de frutas para o bloco do Oriente Médio (Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos) e para o continente asiático, especificamente, China e Coreia do Sul. Nossas frutas têm qualidade e são muito apreciadas por estes países”, ressalta o diretor executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão.

O montante do ano de 2020 (janeiro a outubro) trouxe fôlego para a recuperação com um aumento de 2,8% comparado ao mesmo período de 2019. No total foram exportadas 725.759 mil toneladas este ano. A manga teve seu destaque com 163.758 mil toneladas, e em segundo lugar o melão fresco com 155.043 mil toneladas e na terceira posição os limões e lima com 105.426 mil toneladas. “A tendência é que o pico das exportações esteja sempre no último trimestre do ano, quando há uma demanda maior dos países. A intenção é fechar o ano com US$ 1 bilhão de dólares em receita. Se não atingirmos o valor total, ficaremos muito próximo. Tudo vai depender do câmbio”, comenta Brandão.

Países do Oriente Médio

Eduardo também fala sobre o potencial de mercado dos países do Oriente Médio, que foram responsáveis pela importação de cerca de 15 mil toneladas de frutas em 2019.

Os Emirados Árabes Unidos foram o maior importador dos países árabes, em 2019, se posicionou em 13º lugar de países importadores de frutas brasileiras (número abaixo em toneladas).

Certificação Halal

Para que a expansão do mercado seja possível, os produtores brasileiros precisam se adaptar às exigências da jurisprudência islâmica. Boa parte dos países importadores, principalmente, os países árabes muçulmanos têm exigido a certificação halal. Essa certificação atesta que as frutas são produzidas de acordo com as orientações da lei islâmica e estão permitidas para o consumo de cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos em todo o mundo. “Além de ser reconhecido mundialmente como selo que atesta Boas Práticas de Fabricação, segurança e de qualidade, a certificação halal tem sido solicitada, inclusive, por países que não são árabes e nem muçulmanos, como o Japão, China e Canadá. Antes, bastava ter a certificação do produto para ser exportado, mas hoje a maioria dos importadores estão exigindo o selo de qualidade halal em toda a cadeia produtiva”, comenta o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.

De acordo com Chahine, a auditoria halal para o mercado de frutas compreende toda a cadeia, desde o plantio, colheita, pré-seleção e classificação, beneficiamento, lavagem, sanitização, enxague, secagem, aplicação de cera, armazenamento e transporte. “Avaliamos desde os insumos, lubrificantes e outros ingredientes, para que o processo tenha total garantia de segurança do produto e que atenda às normas da jurisprudência islâmica, principalmente, a não presença de qualquer procedência suína e nem de álcool”, comenta Chahine.

A Cdial Halal – uma das maiores e importantes certificadoras halal do Brasil. É única certificadora da América Latina acreditados pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. “São certificações que comprovam que seguimos as rígidas regras e garantimos a excelência e integridade dos produtos e empresas acreditadas. Reconhecida como a certificadora brasileira com maior número de categorias certificadas pelo GAC”, complementa Saifi.