"Não será comprada", afirma Bolsonaro sobre vacina Coronavac, testada no Brasil

A afirmação ocorre menos de um dia depois do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmar que 46 milhões de doses da imunizações seriam adquiridas, caso a vacina se mostre eficaz.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que a vacina Coronavac “não será comprada” pelo governo brasileiro. A afirmação ocorre menos de um dia depois do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmar que 46 milhões de doses da imunização seriam adquiridas, caso a vacina se mostre eficaz.

A declaração do presidente, escrita em caixa alta, foi uma resposta a súplica de um apoiador. “Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, comentou o usuário. Ao que Bolsonaro (ou sua assessoria) respondeu: “NÃO SERÁ COMPRADA”.

Ontem, em reunião com os governadores, Pazuello informou que será editada uma nova MP para disponibilizar um crédito de cerca de R$ 1,9 bilhão. E que se a eficácia da vacina ficasse comprovada, ela será incluída no PNI (Plano Nacional de Imunizações).

Antes do anúncio desta terça, o Brasil já tinha comprado 100 milhões de doses com a AstraZeneca e 40 milhões de doses através da iniciativa da Organização Mundial da Saúde, chamada de Covax Facility. A ação visa financiar as nove vacinas mais avançadas do mundo no momento e fazer também a distribuição entre os países mais pobres do mundo.

No Rio Grande do Sul, a vacina Coronavac passa por testes com pacientes que atuam no setor de saúde em Porto Alegre e Pelotas. Na Capital, os testes ocorrem no Hospital São Lucas da PUCRS.