Famílias de Porto Alegre em situação de vulnerabilidade social receberão R$ 90 mil em vouchers alimentação

Projeto liberará vouchers de R$ 100 durante três meses para 300 famílias distribuídas em 17 bairros da capital gaúcha.

O projeto Cesta Básica Digital, fruto de uma parceria da Fundação Telefônica Vivo e ONG Parceiros Voluntários, ganhará um novo capítulo focado na cidade de Porto Alegre. Essa rede colaborativa, que conta também com o apoio da Ticket Alimentação, a partir do dia 29 de outubro, beneficiará 300 famílias em situação de vulnerabilidade social da capital gaúcha com um auxílio no valor total de R$ 300 por família — serão três parcelas de R$ 100,00 (outubro, novembro e dezembro) por meio de vouchers de alimentação. O investimento total para a operacionalização do projeto será de R$ 90 mil.

Para Daniel Santoro, presidente da ONG Parceiros Voluntários, essa ação é fundamental num tempo de distanciamento e reforça o compromisso da iniciativa privada com o papel social que o mercado contemporâneo exige. “O projeto dá sequência ao que foi iniciado em agosto, mas atesta que mais do que influenciar na economia do país, empresas atentas compreendem momentos e oportunidades. Não estava no escopo inicial da Fundação Telefônica esse novo aporte, mas a sensibilidade em fazer conexões, descobrir e costurar interesses em comum entre organizações e pessoas foi fundamental neste novo tempo que pede o compromisso de todos”, conclui.

Segundo José Alfredo Nahas, superintendente da Parceiros Voluntários, ainda que Porto Alegre seja considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida, o município apresenta grandes disparidades entre seus bairros e regiões com índices sociais bastante preocupantes em setores como mortalidade infantil e analfabetismo. “Essa situação foi agravada por conta da pandemia que vivemos. Por isso, o Cesta Básica Digital é focado em atender famílias residentes nos bairros com índice de vulnerabilidade social abaixo de 0,6, segundo a Procempa”, explica.

Entre os bairros que se encontram abaixo da linha de corte e farão parte do projeto estão o Arquipélago, Serraria, Lageado, Anchieta, Lami, Mário Quintana, Chapéu do Sol, Lomba do Pinheiro, Farrapos, Cascata, Agronomia, Bom Jesus, Belém Velho, Restinga, São José, Santa Teresa e Belém Novo. Além disso, para as famílias participarem elas não podem estar recebendo auxílio emergencial pelo governo federal e não podem ter sido contempladas no projeto Segurança Alimentar RS.

A doação por parte da Fundação Telefônica Vivo faz parte de uma série de medidas da Vivo em prol da sociedade durante a pandemia do novo coronavírus, que incluiu formação continuada de educadores e alunos, com cursos gratuitos durante o período de fechamento das escolas públicas no país, estímulo de colaboradores para prática de voluntariado digital e doação de cerca de R$38 milhões para hospitais públicos de 12 estados brasileiros, contribuindo para a compra de insumos e equipamentos para as UTIs, além de alimentação de 60 mil famílias em extrema pobreza.

“Neste momento de combate à Covid-19, é extremamente importante olhar para a sociedade como um todo e acreditar no poder da solidariedade e da união para melhorar esse cenário. Nossas ações visam não só reforçar nosso papel de apoiar a Educação, mas também contribuir para outras áreas essenciais que estão mais vulneráveis neste contexto, como a saúde e a garantia à alimentação”, afirma Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo.

A escolha por distribuir os vale alimentação, ao invés de cestas básicas, o que comumente acontece, é que além de ajudar as famílias diretamente e lhes dar maior autonomia, também beneficia e fomenta a economia local. “O contexto de vulnerabilidade dessas famílias faz parte de todo um cenário maior. Elas estão inseridas, na maioria das vezes, em comunidades carentes. E esse ciclo também impacta os microempresários do local. Essa iniciativa, então, busca auxiliar toda uma cadeia social”, analisa Nahas.

Neste processo, coube a Parceiros Voluntários em conjunto com outras Organizações Sociais das comunidades locais, analisar e consolidar a base de dados das famílias que receberão o benefício, sugerindo o melhor processo de operacionalização da entrega dos cartões. Além de planejar, implementar e coordenar o processo de entrega dos cartões alimentação, que foram confeccionados, personalizados, envelopados e encaminhados para os pontos de distribuição pela Ticket Alimentação.