Dentista que estava desaparecida há quatro dias é encontrada morta em Santa Maria

Bárbara Machado Padilha, 32 anos, estava desaparecida desde a noite de sábado (10).

As buscas pela dentista Bárbara Machado Padilha, 32 anos, terminaram na tarde desta quarta-feira (14). O corpo dela foi localizado em uma área de matagal às margens da BR-158, em Santa Maria. Ela estava desaparecida desde a noite de sábado (10).

A localização ocorreu por volta das 15h, próximo do rio Vacacaí-Mirim. O local é o mesmo onde as buscas se concentravam desde a tarde de domingo e fica a cerca de 1 quilômetro do último lugar em que ela foi vista. A área é de mata e tem difícil acesso.

Ontem, no terceiro dia de buscas, a polícia encontrou pistas que poderiam ajudar a desvendar o mistério. Cães farejadores foram levados até a região onde a dentista foi vista pela última vez. Uma pegada, com o tamanho próximo ao de Bárbara, foi localizada próximo da área das buscas.

Informações preliminares dão conta que o corpo de Bárbara não tem sinais de violência. Ela foi encontrada de bruços. A bolsa e o celular da dentista não foram localizados. Buscas devem ser realizadas nos próximos dias para encontrar os pertences.

O desaparecimento

A jovem desapareceu após deixar o escritório de advocacia do marido na área central de Tupanciretã. Durante o sábado, Bárbara atendeu pacientes e almoçou com os pais e o companheiro.

Bárbara foi vista pela última vez no trevo do Castelinho, no entroncamento da ERS-509, BR-158 e BR-392, em Santa Maria. Ela desceu de um táxi executivo que contratou para realizar a viagem entre Tupanciretã e Santa Maria. O percurso é de cerca de 90 quilômetros e tem duração de cerca de 1h40.

De acordo com a polícia, após descer do carro, a dentista foi até o atendimento da loja de conveniência, onde comprou chocolates e uma garrafa de água mineral. Depois, deixou o local a pé.

Ida ao local foi “deliberada”, diz polícia

Conforme as investigações, Bárbara foi até o local por vontade própria e de forma deliberada. Ela teria comentado com uma amiga que teve depressão que se sentia “desanimada” cerca de duas semanas antes do desaparecimento. Ela também teria questionado motoristas de táxi quanto custaria a viagem de Tupanciretã a Santa Maria.

A polícia também descobriu que o sinal do celular dela emitiu sinais naquela região até a madrugada de domingo (11). O último registro da rede de telefonia foi às 5h42. O corpo estava em um raio de 100 metros distante do último registro do aparelho telefônico.

A causa da morte não foi divulgada até o momento. Da mesma forma, a polícia ainda não sabe o motivo que levou a dentista a desaparecer.

Os familiares foram acionados e reconheceram a jovem. O local está passando por perícia. O corpo foi recolhido e encaminhado ao DML (Departamento Médico Legal), onde exames devem apontar a causa da morte. Os peritos também vão tentar identificar se a dentista ingeriu algo que pudesse causar a morte.

Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.

Foto: reprodução de TV / Record TV RS