O governo gaúcho iniciou uma série de inspeções nos portos públicos do Estado após a tragédia causada pela explosão na zona portuária de Beirute, no Líbano. Auditorias são realizadas nos complexos de Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Cachoeira do Sul.
A determinação da Secretaria Estadual de Logística e Transportes é de que sejam avaliadas as condições de armazenamento e movimentação de produtos perigosos. Instalações públicas e privadas deverão ser avaliadas.
“Precisamos nos certificar de que materiais líquidos, sólidos e inflamáveis estão sendo acomodados e transportados com toda a segurança”, afirma Juvir Costella, titular da pasta. “É fundamental estabelecermos ações preventivas e de fiscalização, para não darmos margem a acidentes como o de Beirute”, acrescenta.
A auditoria, sob responsabilidade da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, apura, ainda, a situação das licenças e autorizações ambientais para o transporte e manejo das cargas. A validade dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) dos complexos portuários também será conferida.
De acordo com o superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, a substância química que possivelmente causou a explosão na capital do Líbano recebe atenção especial nas vistorias. “Já iniciamos o levantamento de todos os nossos terminais, principalmente quanto à utilização de nitrato de amônio e às condições de armazenagem do produto”, acrescenta. “As empresas estão respondendo muito bem à inspeção e esperamos concluir o relatório em sete dias.”
